Qualquer que venha a ser o resultado final da votação nas eleições do Sporting, existia uma certeza entre vários elementos que estiveram a acompanhar o sufrágio, de funcionários a delegados: houve vitória. Por um lado, o clube bateu este sábado o recorde da maior votação de sempre em sufrágios eleitorais; por outro, foi elogiado pela forma como todo o ato decorreu, com entrada mais célere dos presentes e uma disposição simples e eficaz na hora de chegar às urnas de voto eletrónico.

Contas feitas, votaram este sábado cerca de 22.510 associados leoninos, acima do número que se tinha verificado em 2017 de 18.661 pessoas. Também a nível de voto por correspondência os valores do ano passado foram superados: no último ato tinham sido validados 3.300 votos por correspondência; agora esse número passou para um valor de 3.351. Isto porque, depois de terem sido retirados os envelopes que não cumpriam os requisitos necessários e que tinham sido anunciados pelo clube, terão agora de ser retirados todos os votos nulos (exemplo: as pessoas que votaram em Pedro Madeira Rodrigues, que entretanto desistiu). Ou seja, só os votos presenciais em Alvalade chegariam para superar o registo máximo do clube.

“Tudo o que estava à espera, todas as expetativas foram confirmadas. Houve muitos elogios à forma como tudo estava organizado. Não houve um único conflito, uma única alteração de voz entre as 20 mil pessoas que passaram hoje por Alvalade. Foi um ato eleitoral inexcedível, único até em termos de todos os clubes. Nem mesmo as pessoas que por algum atraso ou por terem pago quotas depois do prazo disseram nada, apesar do natural desagrado, nestas eleições históricas”, explicou, no auditório Artur Agostinho, Jaime Marta Soares, presidente cessante da Mesa da Assembleia Geral.

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De referir que o top 3 das eleições mais participadas de sempre, naquele que foi o sufrágio que escolheu o 43.º presidente do Sporting, é composto além dos atos de 2017 e 2018 pela ida às urnas de 1988, quando Jorge Gonçalves chegou à liderança do clube verde e branco com um total de 17.093 associados a fazerem enormes filas no antigo Pavilhão de Alvalade. A quarta eleição com mais votantes passa assim a ser a de 2013, quando Bruno de Carvalho chegou à presidência do clube (16.055).

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