O facto de Donald Trump ter estreado a nova limusina presidencial americana poucas semanas depois de Putin ter revelado o seu também novo veículo blindado não passa de uma mera coincidência. A realidade é que os EUA mudam mais de Presidente do que veículo oficial e a Besta que Trump utilizou na sua recente deslocação à Coreia do Norte ainda era do antigo modelo, produzido em 2009.

Ou porque os EUA não acham aceitável que o seu líder se desloque num usado já com nove anos, ou porque os sistemas de comunicação a bordo do The Beast, também conhecido como Cadillac One, já estão ultrapassados, a encomenda de uma “besta” nova e mais moderna foi colocada à General Motors, grupo americano que detém a Cadillac, em 2014, ainda durante o período Obama.

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Mas conceber um veículo blindado capaz de proteger o homem que a maior parte dos terroristas gostaria de ver morto não é tarefa fácil e tudo tem de ser aprovado pelos responsáveis pelos serviços secretos, a quem cabe a responsabilidade de manter o Presidente vivo, seja ele quem for. Assim, depois de quatro de anos de testes e aperfeiçoamento, eis que a nova “besta” foi estreada ontem, dia 24 de Setembro, quando Donald Trump discursou perante a ONU, em Nova Iorque.

Os truques da nova “besta” de Donald Trump

O novo Cadillac One tem semelhanças com os mais recentes modelos da marca, especialmente ao nível da grelha e da traseira, mas está assente sobre um chassi de camião da Chevrolet. O que até se compreende, uma vez que com toda a blindagem que protege a sua carroçaria de todos os lados (e até por baixo, por causas das minas), a nova “besta” deve pesar entre 7.000 e 9.000 kg. Ou seja, o peso de um camião (e carregado).

Tal como na geração anterior, o novo veículo oficial deverá ver 12 unidades construídas, com um preço médio em torno de 1,5 milhões de dólares, uma vez que, para dificultar os atentados, há sempre um mínimo de dois Cadillac One em cada deslocação oficial, como aliás aconteceu ontem em Nova Iorque.

Além da blindagem revista e actualizada, para fazer frente ao armamento entretanto desenvolvido nos últimos nove anos, o novo veículo vai beneficiar de um sistema de telecomunicações mais moderno e altamente encriptado. Tudo isto numa limusina que é utilizada, no máximo, em percursos que duram entre 15 minutos e meia hora, pois de resto as viagens oficiais realizam-se de avião ou helicóptero.

Veja aqui o vídeo com as primeiras imagens do novo modelo, que surge ao minuto 3.05: