A norte-americana General Motors (GM) sempre se revelou uma má gestora das marcas europeias que adquiriu, um pouco à semelhança da Ford (que vendeu a Volvo, a Aston Martin, a Jaguar e a Land Rover), a sua maior rival e conterrânea. Depois de se retirar do mercado do Velho Continente em 2017, com a venda da Opel e Vauxhall à então PSA (hoje Stellantis), já depois de ter vendido a Saab à Spiker em 2010, a GM ensaia agora o regresso à Europa, aproveitando a apetência de muitos condutores por veículos eléctricos, que se vão tornar os únicos disponíveis para compra a partir de 2035.

O Cadillac Lyriq vai entrar na Europa pela Suíça, onde será proposto por cerca de 82 mil francos suíços, aproximadamente 85 mil euros. A este pequeno país europeu, mas com grande poder de compra, seguir-se-ão mais cinco mercados, com a Suécia e a França a serem os primeiros desta segunda fornada, de acordo com a estratégia revelada pela presidente da General Motors Europe, Jaclyn McQuaid. O Lyriq destinado à Europa será, como todos os outros, fabricado no Tennessee, EUA.

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Para regressar à Suíça, um dos mais apetecidos mercados mundiais – onde as encomendas já abriram, com as primeiras unidades a chegar em Maio de 2024 –, a GM decidiu apostar na Cadillac, a sua marca de luxo, que os americanos acreditam ser capaz de se bater com os rivais germânicos Audi, BMW e Mercedes. O modelo escolhido para esta entrada foi o Lyriq, um SUV refinado que nos EUA é proposto com uma versão de entrada – menos potente, com apenas um motor de 345 cv e tracção traseira – capaz de percorrer 496 km com apenas uma carga de bateria.

O Lyriq mais possante monta dois motores, um por eixo, que somam 507 cv, o que não o impede de anunciar praticamente a mesma autonomia (494 km) da versão só com um motor. Isto porque ambos os Lyriq recorrem à mesma bateria, com 102 kWh, alinhando assim pela concorrência do segmento.

De recordar que o Lyriq tem um comprimento de 4,996 metros e uma distância entre eixos de 3,094 m, o que leva a um peso de 2559 kg para a versão menos potente e 2648 kg para o SUV com dois motores. De salientar ainda que, como o modelo não está homologado na Europa, não são conhecidos os valores de autonomia e consumo segundo o método europeu WLTP, daí que a distância percorrida entre recargas seja referente ao sistema norte-americano EPA, que é mais realista e, por isso mesmo, produz valores mais baixos, pelo que será de esperar autonomias na casa dos 530 km.

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