O chefe da equipa da Polícia Judiciária Militar que investigou o furto a Tancos regressa a Lisboa na terça-feira para ser detido, no âmbito da Operação Húbris. Em contagem decrescente para esse regresso, o major Vasco Brazão antecipa aquilo que resultará do seu depoimento perante o juiz de instrução. No Facebook, diz-se “arrependido, mas de consciência tranquila”.
A partir de Bangui, capital da República Centro Africana, onde está numa missão da União Europeia, Vasco Brazão recorreu ao Facebook para deixar uma mensagem. “Em breve vou apresentar-me à Justiça. Infelizmente, por estar na República Centro Africana, ainda não o pude fazer. Nada mais quero que, rapidamente, esclarecer a verdade dos factos. Não sou criminoso nem tão pouco os meus Camaradas de Armas o são. Somos militares. Cumprimos ordens. Estamos prontos para morrer na defesa e na salvaguarda do interesses Nacionais. Somos formados assim”, escreve o militar.
https://www.facebook.com/vasco.brazao.54/posts/2329358733744311
Brazão sublinha que “a salvaguarda dos interesses nacionais é sempre superior aos interesses individuais”, o que não o impede de viver um “misto de sentimentos” sobre os acontecimentos do último ano. “Estou arrependido mas de consciência tranquila. Como é que é possível esta duplicidade de sentimentos? É o que irei procurar transmitir ao Ministério Público. Os meus familiares conhecem-me bem, os amigos também e a minha carreira fala por si”, diz já a terminar a mensagem.
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