A Força Aérea vai manter algumas esquadrilhas militares no novo aeroporto do Montijo e deslocar parte da sua frota para as bases de Sintra e Beja, avança a edição desta sexta-feira do jornal Público. A transferência dos EH101 e C295 vai custar 115 milhões de euros, valor que caberá à ANA Aeroportos pagar — se a pronto ou em prestações, esse é um ponto que ainda não estará fechado.

Das atuais frotas instaladas na base aérea número 6, só os helicópteros Lynx da Marinha (que esta semana celebraram 25 anos) ali continuarão. A estes há de juntar-se a esquadrilha de KC390, que se prevê que comecem a chegar a Portugal a partir de 2021 e que vão substituir os C130 em fim de vida. O ponto fundamental para esta decisão passa pelo facto de ser possível conciliar a operação quer dos Lynx quer dos KC390 com os voos civis.

Novo aeroporto do Montijo pode exigir um radar só para as aves

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Para Sintra, a Força Aérea prevê deslocar os helicópteros de busca e salvamento EH101, junta esta frota à dos helicópteros Alouette. E em Beja ficarão instalados os aviões de carga C295.

A reconversão da base aérea do Montijo, transformando-a numa plataforma também para voos civis, também pressupõe alterações nas instalações aeroportuárias da capital. De acordo com o mesmo jornal, o material (muitas vezes sensível) guardado no hangar de Figo Maduro que serve as Forças Nacionais Destacadas passará para o Montijo. A zona militar de Figo Maduro será convertida pela ANA Aeroportos num “aeroporto de Estado” para receber as figuras de Governo e de Estado que visitem Portugal e será também a casa dos Falcon usados por Presidente da República, primeiro-ministro e membros do Governo em visitas ao estrangeiro.

O que implica avançar com o aeroporto no Montijo? Sete pontos para explicar a decisão