O exército militar dos EUA prepara-se para enviar 5 mil tropas para a fronteira sul do país, junto ao México, onde se espera a chegada da “marcha de migrantes” hondurenhos que querem entrar no país, avançou esta segunda-feira o Independent.
De acordo com o Wall Street Journal, os últimos relatórios indicavam que seriam enviados 800 tropas, mas entretanto os números dispararam. Este aumento equivale a um terço dos agentes aduaneiros que atuam na fronteira com o país latino-americano. O objetivo é deter as caravanas que atravessam o México e querem exiliar-se nos Estados Unidos.
Desde o início deste ano já foram enviadas cerca de 2 mil tropas para a região, onde 15 mil oficiais vigiam o processo de migração e comércio diariamente.
Segundo o The Independent, um grupo de migrantes planou sair esta segunda-feira para Niltepec, a 70 km do noroeste do estado de Oaxaca. A caravana pode ainda viajar cerca de 1600 km para chegar à fronteira dos Estados Unidos, perto de McAllen, no Texas. A viagem pode ainda ser mais longa, caso os cerca de quatro mil migrantes passem pela fronteira de Tijuana-San Diego, como outra caravana já fez este ano. Apenas 200 pesssoas desse grupo conseguiram chegar à fronteira.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem feito duras críticas aos migrantes que tentam chegar ao seu país. ”Vários membros de ganges e algumas pessoas más estão misturadas na caravana que tentam chegar à nossa fronteira sul. Por favor, voltem para trás, nós não os vamos aceitar nos Estados Unidos a menos que entrem pela via legal. Isto é uma invasão ao nosso país e a nosso exército está à vossa espera”, escreveu esta segunda-feira no Twitter.
Many Gang Members and some very bad people are mixed into the Caravan heading to our Southern Border. Please go back, you will not be admitted into the United States unless you go through the legal process. This is an invasion of our Country and our Military is waiting for you!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) October 29, 2018
Este sábado o Presidente do México, Enrique Pena Nieto, lançou um programa em que oferecia abrigo, cuidados médicos, educação e empregos aos centro-americanos nos estados de Chiapas e Oaxaca se eles se candidatassem.
Esta não é a primeira vez que o presidente dos Estados Unidos ameaçou recorrer a forças militares para travar a entrada de migrantes no país. Em abril, quando outra caravana de migrantes atravessava o México em direção ao país, o republicano defendeu que tropas americanas detivessem o fluxo, sugerindo que fizessem o que autoridades migratórias não conseguiam. Na alura, Donald Trump criticou na mesma rede social a lei de migração dos EUA.