O LG G7 ThinQ foi anunciado no início de junho e chegou ao mercado pouco tempo depois. Ainda não tinha saído, e já se criticava a capacidade de bateria. Depois de o experimentarmos, comprovámos que fica aquém de muita concorrência neste ponto. Contudo, com a câmara fotográfica que mostra que a LG ainda consegue dominar a imagem em smartphones, o peso leve e o design simples e fino, ficámos cativados.
LG G7 ThinQ
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A favor
- Câmara fotográfica
- Peso
Contra
- Capacidade da bateria
- Botão assistente digital
O smartphone tem o sistema operativo Android e está disponível em dois modelos, de 4gb e 6gb de Ram e 64gb e 128gb de memória interna, respetivamente. A dupla câmara traseira, com sistema de inteligência artificial para melhorar as fotografias, e o ecrã de canto a canto de 6,1 polegadas com um pequeno ‘notch’ [saliência no topo do ecrã, como nos iPhone X], mostram que a LG quis criar uma evolução do G6 que fosse eficiente. Além disso, as colunas “Boombox” no fundo do telefone surpreendem naqueles momentos em que se quer ver vídeos ou ouvir música sem auriculares.
Fino, leve e tira boas fotografias. Mas isso vem com um preço
O LG G7 ThinQ tem um processador Snapdragon 845 (é dos mais avançados). Aliado à memória RAM, enquanto utilizámos, não tivemos percalços a utilizar nenhuma das aplicações. Com a possibilidade expandir a memória por cartão mini-SD e a entrada para auriculares tradicionais (a entrada ‘jack’), a experiência de uso foi sempre simples. Foi na utilização mais intensiva que comprovámos que a bateria é o grande ponto fraco deste equipamento. Mesmo com utilização quotidiana, bastavam 12 horas fora da corrente para chegarmos ao final do dia com cerca de 13% de bateria. Num mercado em que voltou a ser normal conseguir o dia e meio para não se ter de andar com carregadores atrás, este equipamento desiludiu.
A resistência ao pó e água nota-se também na construção do equipamento, com estrutura em metal. Neste ponto, a LG apresenta um smartphone que não só é leve, como também é capaz de resistir, pelo menos, à primeira queda. Isto, num equipamento com cerca de 160 gramas e 7,9mm de espessura. É bastante leve e fino, o que mostra que, no design, mesmo não sendo extravagante, não desilude. A única crítica neste ponto é a adição de um botão dedicado para a assistente digital da Google. Não só não foi prático, como é um botão em que, por erro, carregámos mais do que uma vez ao tentar aumentar ou diminuir o volume.
O ecrã e câmara fotográfica são, no fim, as melhores especificações deste smartphone, mas facilmente se encontra capacidades semelhantes noutros modelos de outras marcas (contudo, mais caro do que atualmente o preço deste equipamento está). A capacidade de filmar em 4K e o ecrã com imagens nítidas podem surpreender, mas são cada vez mais comuns para o utilizadores. Mesmo com uma câmara que recorre à inteligência artificial e que tem resultados facilmente comparáveis ao de câmaras digitais, apenas quem é muito fã de fotografias é que vai tirar verdadeiro proveito de um modelo como este. Na câmara frontal, mesmo não tendo a mesma qualidade das câmaras traseiras, também podemos elogiar a qualidade.
Veredito final: se tivesse mais capacidade de bateria, podia não nos fazer olhar para outros smartphones
O G7 ThinQ é um modelo que inovou em relação a outros modelos da LG, mas não é — de longe — o melhor smartphone. Atualmente, a própria marca já apresentou outros modelos mais cativantes que continuam a apostar no ponto forte deste dispositivo: a câmara. Se não fosse a bateria, poderíamos ter olhado para o G7 ThinQ de forma muito diferente. Contudo, como não oferece opções mais inovadoras (apenas tem impressão digital na parte traseira para desbloquear, não tem reconhecimento facial, por exemplo) e tendo como pontos fortes o design simples e leve, já nos passaram smartphones semelhantes pelas mãos nesta gama que foram mais arrojados.
*O equipamento foi disponibilizado ao Observador pela LG para efeitos de análise