Foram nove anos a trabalhar quase furtivamente, pois pouco ou nada se ouviu falar dos seus projectos, mas eis que a Rivian aproveita esta edição do Salão de Los Angeles para começar a mostrar serviço. O primeiro modelo revelado foi uma pick-up – carroçaria tão ao gosto dos americanos – e o segundo também já é oficial. Se a primeira se chama R1T (Rivian 1 Truck ), o SUV assume uma designação comercial na mesma linha: R1S.

R1T. Esta pick-up eléctrica vai longe (e depressa)

Em termos técnicos, a startup fundada por RJ Scaringe aproveita a base da pick-up para montar o SUV e isso é evidente, desde logo, na estética. Por fora, estamos perante um SUV que parece ter dimensões e proporções idênticas à da R1T, embora não o sejam, optando simplesmente por ‘esticar’ as linhas em direcção à traseira. Curiosamente, a solução é simples mas resulta, oferecendo ao R1S uma imagem sólida e simultaneamente leve, sem nada de linhas muito vincadas ou angulosas.

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À fluidez do exterior, o SUV da Rivian soma um interior decalcado da pick-up. No habitáculo, com lugar para sete (2+3+2), impera a mesma sensação de espaço, os apontamentos a madeira e os dois enormes ecrãs à frente, exactamente com as mesmas dimensões dos que se encontram na R1T – painel de instrumentos digital com 12,3 polegadas e central multimédia sensível ao toque com 15,6.

R1T e R1S lado a lado

Comprovando que SUV e pick-up compartilham a abordagem técnica, até os ângulos de ataque e de saída de ambos os modelos são iguais, respectivamente, 34 e 30º. O mesmo sucede com a composição da gama, cuja versão de entrada conta com pack de baterias de 105 kWh para alimentar os 408 cv de potência debitados pelo conjunto dos quatro motores eléctricos (um por roda, pelo que todas as versões são sempre de tracção integral). Em troca, a Rivian pede 65 mil dólares por um SUV que, nesta configuração, promete fazer mais de 386 km. A versão intermédia monta um pack de 135 kWh (764 cv, 500 km de autonomia) e a de topo continua a recorrer a um acumulador de 180 kWh. Neste último caso, há apenas lugar para cinco ocupantes e a potência baixa para 709 cv, mas a autonomia ascende a 680 km, com a aceleração de 0 a 96 km/h a consumir escassos 3,2 segundos. Convém ainda ter presente que o alcance anunciado obedece às normas EPA, pelo que a autonomia seria ainda superior numa homologação WLTP.

Na galeria (em cima) pode ver um comparativo das especificações da RT1 e do RS1, abaixo o vídeo da apresentação.