Até 10 euros
1. Dom Vicente Field Blend tinto 2017
António Vicente Marques é o novo produtor do Dão. Nascido naquela região, e com fortes ligações à terra, acaba de lançar a Dom Vicente, cuja enologia fica a cargo de António Narciso. A recém-nascida marca, que ficámos a conhecer num jantar de apresentação a meia-luz no Cantinho do Avillez, conta com seis referências — três brancos e três tintos — que merecem ser conhecidas. O Dom Vicente Field Blend tinto 2017 (Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz e Jaen), entrada de gama, cai facilmente nas graças do provador, sobretudo tendo em conta o preço. Dos restantes rótulos, destaque para o trabalho feito com as castas Encruzado e Syrah.
Quanto custa? 5 euros
Onde comprar? Diretamente no produtor ou na loja online
2. Maximo’s branco 2016
O Maximo’s foi-nos recomendando numa garrafeira lisboeta e vendido com uma pergunta peculiar: “Gosta de correr riscos?”. Gostamos, motivo pelo qual levámos o rótulo para um jantar caseiro à base de pasta temperada com manteiga de trufa. O perfil do vinho, que nasce na pequena e pacata aldeia do Chícharo, na região vitivinícola do Tejo, é o resultado da agricultura biológica e do empenho da família Faria Vieira. A descrição do vinho, que encontramos na página oficial do produtor, aponta para um equilíbrio interessante entre os açúcares das castas Fernão Pires e Malsavia Fina mesclados com a acidez do Arinto. O vinho estagia entre 24 e 36 meses em depósito de inox e em garrafa.
Quanto custa? 9,50 euros
Onde comprar? Supermercado El Corte Inglés, Loja Miosótis e algumas garrafeiras (incluindo a Galeria – Wine Shop, em Lisboa)
3. Coelheiros tinto 2016
O Tapete de Arraiolos impresso nos rótulos de design evidencia a região que serve de morada para o Coelheiros Tinto 2016. As castas Alicante Bouschet e Aragonez emprestam uma textura sedosa e uma interessante densidade de boca ao vinho. Tanto o tinto como o homónimo branco representam as novas colheitas da Herdade de Coelheiros, uma propriedade familiar situada na aldeia de Igrejinha, no concelho de Arraiolos — a vasta propriedade estica-se ao longo de 800 hectares, sendo que apenas 50 estão dedicados ao cultivo da vinha.
Quanto custa? 9,50 euros
Onde comprar? Alguns pontos de venda são: Casa Manuel Tavares, Casa Macário e Living Wine (em Lisboa) e Garage Wines e OnWine (no Porto).
Até 20 euros
4. Terra a Terra Reserva 2014 branco
Três castas dão corpo, textura e um final de boca prolongado ao vinho. Culpe-se o Viosinho, o Gouveio e o Rabigato, tipos de uva há muito associados ao Douro. Uma das referências da Quanta Terra, projeto iniciado em 1998 e encabeçado pelos enólogos Celso Pereira e Jorge Alves, acumulou 90 pontos na conceituada revista Wine Spectator e vale a pena ser conhecida.
Quanto custa? 10,90 euros
Onde comprar? Alguns pontos de venda são: Casa Manuel Tavares, Casa Macário e LivingWine (em Lisboa) e GarageWines e OnWine (no Porto).
5. Cortes de Cima branco 2017
Frescos como o mar. Em agosto de 2016 o Observador contava a história da Cortes de Cima, propriedade familiar na Vidigueira que faz vinho há cerca de 20 anos. Se foi o mar que trouxe Hans e Carrie Jorgensen para Portugal (ele é dinamarquês e ela norte-americana), foi junto ao mar que começaram a produzir vinhos de um Alentejo mais atlântico. O Cortes de Cima branco 2016 é exemplo disso, feito a partir das castas Alvarinho, Viognier e Sauvignon Blanc — frescura, mineralidade e alguma salinidade são características deste vinho.
Quanto custa? 11,90 euros
Onde comprar? Restaurantes e garrafeiras selecionadas
6. DSF Touriga Francesa 2016
No início de outubro chegaram ao mercado os novos tintos da Coleção Privada Domingos Soares Franco embalados por uma nova imagem. As novidades são o Grand Noir 2015 e o Syrah Tannat 2016, mas é o Touriga Francesa (nome original da Touriga Franca) que aqui destacamos. O vinho, que à semelhança dos outros dois é companhia ideal para pratos de caça ou queijos de pasta mole, apresenta notas de frutos pretos (o potencial de envelhecimento é evidente e, segundo a ficha técnica disponibilizada, aguenta oito anos após o seu engarrafamento). A coleção privada do enólogo e vice-presidente da José Maria da Fonseca, com sede na Península de Setúbal, arrancou em 1997 com o objetivo de decifrar o comportamento de castas estrangeiras nos solos desta região vitivinícola.
Quanto custa? 13,90 euros
Onde comprar? Na loja online da José Maria da Fonseca e em garrafeiras selecionadas
7. Titular (A Edição Sem Nome) tinto 2015
“A edição sem nome”. O nome de batismo deste vinho nasceu da urgência em registá-lo a tempo de integrar uma importante prova. A ideia, conta-nos Lígia Santos, à frente da Caminhos Cruzados, era ser temporário, mas o rótulo inusitado pegou de tal forma que o importador da marca deixou um aviso: “Livre-se de mudar o nome do vinho”. Assim foi. As 3.000 garrafas produzidas levam todas a mesma definição invulgar, que acresce mistério ao tinto de 2015 nascido das castas Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz. E esta é apenas uma das novidades da empresa vitivinícola do Dão — para quem gostar de aventuras (leia-se, neste caso, vinhos mais delgados, com fruta vermelha na boca e no nariz) há sempre o Dão Novo tinto 2018 (7 euros).
Quanto custa? 18 euros
Onde comprar? Garrafeiras selecionadas (alguns exemplos: Garage Wines, em Matosinhos, Botts, em Viana do Castelo, Garrafeira Divino, na Póvoa de Varzim, Garrafeira Vinogrande, em Viana do Castelo, Garrafeira Dona Maria, em Vila Nova de Famalicão, Garrafeira Grande Escolha, em Braga, Garrafeira 5 Estrelas, em Aveiro, Garrafeira Alfaia, Garrafeira Nacional e Mercearia do Campo, as três em Lisboa).
8. Quinta da Fata Touriga Nacional 2015
Quando o conhecemos ainda nem rótulo tinha, era apenas uma das referências a provar na banca da Quinta da Fata, em Nelas, na prova de vinhos Dão Capital que ocupou, em novembro, o estúdio do Mercado da Ribeira, em Lisboa. O vinho que está mesmo a chegar ao mercado é 100% Touriga Nacional e é feito daquele que em 2017 foi considerado “Produtor do Ano” pela Revista de Vinhos.
Quanto custa? Entre 17 e 19 euros
Onde comprar? Garrafeiras selecionadas, incluindo Garrafeira Nacional e El Corte Inlgés
9. Quinta do Monte D’oiro Tinta Roriz 2015
A frequência com que o ano 2015 surge nesta lista manifesta o quão interessante foi a colheita em diferentes regiões do país, Lisboa incluída. O Tinta Roriz é uma das novas colheitas da Quinta do Monte D’Oiro, produtor de Alenquer que em 2017 celebrou 20 anos de vida e que recentemente mudou de imagem — a alteração está longe de ser drástica, a mensagem foi apenas refrescada. O vinho resulta da viticultura biológica que desde 2006 tem sido preocupação constante do produtor e apresenta-se elegante, estruturado e com uma acidez interessante (características já facilmente associadas à Quinta do Monte D’Oiro).
Quanto custa? 19 euros
Onde comprar? Alguns pontos de venda: Garrafeira Nacional e Garrafeira Campo de Ourique, ambas em Lisboa, El Cortes Inlgés, na capital e em Gaia, Latina Adega, em Aveiro, Foz Gourmet, no Porto, e Garage Wines, em Matosinhos)
Até 55 euros euros
10. Herdade de São Miguel Reserva Tinto 2015
Alicante Bouschet, Aragonez, Cabernet Sauvignon e Touriga Nacional são as castas que compõem o lote que, servido à mesa, acompanha bem pratos de caça, carnes vermelhas e guisados. O vinho vindo da colheita de 2015 estagiou 12 meses em barricas de 400 litros e seis meses em toneis. Ficámos a conhecer a referência da Herdade de São Miguel, da Casa Relvas, num jantar de apresentação do novíssimo Pé de Mãe tinto 2016, um vinho que, nem de propósito, dá uma bela prenda de Natal. O reserva em questão acompanha pratos de caça e desliza particularmente bem numa noite de inverno.
Quanto custa? 25 euros
Onde comprar? Disponível em garrafeiras por todo o país (Portugal Continental e ilhas) e na grande distribuição
11. La Rosa Reserva tinto 2016
“Este é um vinho profundamente maduro”, dizia Jorge Moreira, enólogo da duriense Quinta de La Rosa, que em 2018 completou 30 anos de vida, à medida que era servido numa prova dirigida a jornalistas e críticos na Residência do Embaixador do Reino Unido, em Lisboa. Vinho potente, concentrado e com uma acidez ótima, palavras de quem o criou, resulta da colheita de 2016, um ano particularmente fresco que deu, assim, origem a um “vinho muito bonito e aromático na boca”. O potencial de envelhecimento está lá, o prazer imediato também.
Quanto custa? 28 euros
Onde comprar? Restaurantes e garrafeiras selecionadas (incluindo, a título de exemplo, a lisboeta Wines 9297 e o Cantinho Gourmet, em Sintra)
12. Lavradores de Feitoria, Tinto Cão 2016
Em 2018 a Lavradores de Feitoria atingiu a maioridade, ao completar 18 anos de vida. Aquando dos primeiros dez anos de projeto — o mesmo que junta quase 20 produtores no Douro e suas quintas, presentes nas três sub-regiões –, assistiu-se ao lançamento do monocasta Tinto Cão 2006, uma das castas mais tradicionais da terra de vinhas plantadas em socalcos. Agora, é a vez do Tinto Cão 2016, que Olga Martins, CEO da Lavradores de Feitoria, diz assemelhar-se ao muito elegante e atípico Meruge, vinho ele também da casa. Deste rótulo apenas existem 700 garrafas magnum.
Quanto custa? 55 euros
Onde comprar? Restaurantes e garrafeiras selecionadas