A Kia desvendou no Salão de Los Angeles a terceira geração do Soul, modelo que consegue a proeza de não romper com a estética da actual geração e, ainda assim, introduzir uma série de alterações que resultam numa imagem capaz de dividir opiniões.
O design muda de forma mais evidente à frente, onde o crossover compacto recebe uma grelha mais angulada e de dimensões mais generosas o que, aliado a grupos ópticos bastante mais esguios, confere ao novo Soul uma aparência mais robusta.
Atrás mantém-se a característica verticalidade na disposição das luzes, mas agora mais finas e num formato tipo bumerangue, como que a envolver o óculo traseiro.
Já quando observado de perfil, o que mais se destaca é o forte vinco nos painéis das portas e o pilar traseiro, cujo acabamento marca a separação do tejadilho, numa solução que visa dar ao Soul um aspecto mais dinâmico.
Assente numa nova plataforma, o Soul acusa as mesmas medidas quando sujeito ao escrutínio da fita métrica, excepção feita para o comprimento, que cresce 5,6 cm, grande parte em benefício da distância entre eixos (mais 2,6 cm). Ora isto levaria a crer que a nova geração aportaria ganhos em matéria de habitabilidade, mas não é bem assim. Há de facto mais espaço para as pernas do condutor e passageiro (0,5 cm), contudo esse ganho perde-se em igual medida no espaço para a cabeça. E quem segue atrás vai ter de se encolher mais um pouco, porque passa a ter menos 0,7 cm para acomodar as pernas. Os maiores ganhos estão na bagageira, que não só passa a ter um acesso mais facilitado fruto de a tampa da mala estar posicionada mais abaixo e ser mais larga, como vê a volumetria aumentar 141 litros, para um total de 673 litros.
Por dentro, nota para o sistema de iluminação que cria diferentes ambientes com nomes tão curiosos como sugestivos (Romance, Traveling, Party Time, Hey! Yo!, Cafe e Midnight City).
Com direito às versões de apelo mais desportivo ou offroad que já pontuam noutros modelos da gama Kia, também o Soul se apresentará com as versões GT-Line e X-Line. Em matéria de motorizações, a novidade é o quatro cilindros de 2,0 litros com 149 cv e 179 Nm, que pode ser associado a uma caixa manual de seis relações ou, em alternativa, acoplado a uma transmissão variável inteligente (IVT). Sob o capot pode ainda encontrar-se o 1.6 turbo com 204 cv e 264 Nm de binário, bloco sempre associado a uma caixa de dupla embraiagem com sete velocidades.
Ao que o Observador apurou, no mercado português só será disponibilizada a variante eléctrica, cujas novidades lhe daremos conta num outro artigo.