O secretário-geral comunista referiu esta segunda-feira que a sua vida “fala por si”, reiterando as acusações de infâmia e calúnia à TVI por causa de uma reportagem sobre alegadas irregularidades na Câmara Municipal de Loures.

“Deve-se sacudir esta pressão inaceitável, provocatória. Eu poderia resumir numa frase: a minha vida fala por si. A infâmia, a insinuação, o boato são sempre fontes de alimento envenenadas”, afirmou Jerónimo de Sousa, à margem de uma reunião, na sede nacional do PCP, com o Movimento Erradicar a Pobreza, cuja petição pública vai ser debatida no parlamento, na quinta-feira.

A estação televisiva de Queluz de Baixo emitiu na quinta-feira uma peça jornalística na qual se sugere o benefício de um genro do líder comunista, através de contratos por ajuste direto, para a manutenção de paragens de autocarro e outro mobiliário urbano do município de Loures, um executivo da CDU, liderado pelo comunista Bernardino Soares, supostamente por quantias avultadas.

Quero dizer ‘basta’ porque a vida clarificará os objetivos de quem desencadeou esta infâmia, calúnia, dúvida, em que, não acusando, vão sugerindo. Isso é feio”, insurgiu o secretário-geral do PCP, quando confrontado com o assunto.

Em causa estão serviços prestados desde 2015, num total de seis contratos para limpeza de vidros, trocas de cartazes ou substituição de lâmpadas, num valor superior a 150 mil euros.

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“Deixe estar que o esclarecimento há de vir nos sítios próprios, particularmente em termos de câmara municipal”, garantiu Jerónimo de Sousa, sublinhando que, “desde o princípio, esse é o objetivo, atingir o PCP e o secretário-geral”.

PS, PSD e BE, junto da Assembleia Municipal de Loures, já pediram esclarecimentos adicionais e documentação sobre a polémica em causa, embora a edilidade tenha emitido um comunicado, sexta-feira, e o próprio Bernardino Soares tenha negado qualquer favorecimento, ressalvando que a contratação da empresa unipessoal do genro de Jerónimo de Sousa substituiu outras duas empresas, numa “poupança de cerca de 15%”.

Também em comunicado, o PCP classificara as alegações da TVI como uma “abjeta peça de anticomunismo sustentada na mentira, na calúnia e na difamação”.

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