O Ministério Público pediu uma pena até sete anos de prisão para quatro dos cinco membros do grupo ‘La Manada’, por um caso ocorrido em maio de 2016, no âmbito das festas de Torrecampo, onde o grupo terá feito gravações com uma jovem inconsciente no interior de um carro enquanto a tocavam e acariciavam. A acusação surge depois de, em dezembro do ano passado, o tribunal ter confirmado nove anos de prisão ao grupo por abusar sexualmente de uma jovem de 18 anos durante as festas de São Firmino, também em 2016.
‘La Manada’. Tribunal confirma pena de 9 anos para os cinco homens
O processo contra os quatro homens (José Angel Prenda, Antonio Manuel Guerrero, Jesús Escudero e Alfonso Cabezuelo — Ángel Boza, o quinto elemento do grupo não estava em Pozoblanco) é de abusos sexuais e crime contra a privacidade. De acordo com o El País, um dos quatro elementos, o militar Alfonso Cabezuelo, é ainda acusado do crime de maus tratos, por alegadamente ter agredido a vítima quando se recusou a fazer-lhe sexo oral. A vítima tinha 22 anos.
Segundo a acusação, à qual a agência Efe teve acesso, o caso remonta a 1 de maio de 2016, na localidade de Torrecampo, depois de o grupo e a jovem terem saído de uma festa, já alcoolizados. Alfonso Jesús Cabezuelo terá oferecido boleia à jovem para Pozoblanco, onde morava. Dentro da viatura, todos os acusados terão começado a realizar “vários toques sexuais” e José Ángel Prenda, com o “consentimento de todos”, registou tudo o que aconteceu como o telemóvel de Antonio Manuel Guerrero, “sem o consentimento da prejudicada”. Essas imagens, refere a acusação, foram enviadas para o chat “La Manada” e, de seguida, para outro chat com cerca de 20 pessoas.
O auto da acusação diz que o tribunal teve em conta “o profundo estado de inconsciência em que a vítima aparecia nos vídeos, uma vez que não acordava, mesmo com os risos dos investigados e dos beijos e toque que imprimiam nela”. A vítima declarou que quando acordou não se lembrava “de nada do que tinha acontecido” dentro do carro.
Em setembro de 2016, os arquivos de vídeo foram descobertos como resultado de uma investigação que estava a ser realizada em Pamplona sobre a agressão sexual dos membros do La Manada nas festas de São Firmino.