Jorge Jesus está de volta: O treinador português que passou o último ano na Arábia Saudita aos comandos do Al-Hilal aterrou esta tarde de domingo no aeroporto de Lisboa — sem planos de futuro traçados. Ainda antes de sair para a rua, Jesus foi logo questionado pela comunicação social sobre as histórias que Bruno de Carvalho revelou no seu recente livro, especialmente aquele em que o treinador terá chantageado BdC para garantir a renovação de contrato: “Cheguei agora, não quero entrar por aí. Aprendi muita coisa na Arábia Saudita e uma delas é que se deve respeitar muito o futebol, independentemente das pessoas. Este não é o momento para falar disso”, afirmou o técnico.

Tentando claramente não juntar lenha a uma possível fogueira de polémica, Jesus foi o mais diplomático possível ao falar desse episódio em específico, contudo, não conseguiu evitar uma farpa ao antigo presidente do Sporting, afirmando que se quisesse falar da sua passagem no clube de Alvalade, teria muito para escrever: “Se eu quiser falar sobre a minha passagem no Sporting não escrevo um livro, escrevo vinte. Como não preciso de escrever livros para sobreviver, continuo a trabalhar naquilo que sei. ”

Até há poucos meses, a crise que se tinha instalado no Benfica de Rui Vitória — que entretanto foi substituído por Bruno Lage — trouxe o nome do técnico sexagenário de novo às manchetes portuguesas, surgindo grande especulação sobre um eventual regresso aos comandos do Benfica, substituindo aquele que o substituiu no SLB. Quando lhe lançaram a pergunta traiçoeira sobre se sentia falta de futebol mais competitivo, como o português, Jesus foi convicto ao defender o futebol saudita: “Não há muita divulgação do futebol da Arábia Saudita na Europa. Eles são uns apaixonados, os estádios tem 50 mil, 70 mil pessoas a ver, não 10 mil como ha no Benfica, Sporting ou Porto. Há grandes jogadores, têm capacidade financeira para dar 15 ou vinte milhões por um jogador, algo que em Portugal não existe — e é sinónimo de qualidade.”

Sobre o novo presidente do clube que representou durante três anos, o SCP, Jorge Jesus afirmou que ele e Frederico Varandas sempre tiveram uma “relação muito boa”, “apesar de algumas afirmações” que o dirigente fez sobre o treinador.

Já sobre Rui Vitória, que acabou por se tornar seu rival na liga saudita, Jesus diz que apesar de ambos viverem no mesmo compound, nunca se cruzaram. Apesar do técnico ainda se estar a ambientar Jesus é seguro ao afirmar que Vitória não vai conseguir ultrapassar a sua equipa anterior — “deixei uma equipa muito forte.”

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