A Federação Portuguesa do Táxi (FPT) está a analisar a possibilidade de avançar com uma nova paralisação caso não obtenha respostas por parte do Partido Socialista e da Comissão Independente para a Descentralização sobre a transferências de competências do Estado para as autarquias no que toca ao transporte de passageiros em veículos descaracterizados, avançou a TSF.

Após a paralisação de setembro de 2018 o PS prometeu aos empresários do setor do táxi levar à Comissão Independente para a Descentralização a questão da transferência de competências sobre o transporte de passageiros pedidos através das plataformas eletrónicas como a Uber, Cabify, Taxify e outras.

Apesar de a Comissão para a Descentralização, liderada por João Cravinho, ter até ao final de Julho para apresentar propostas e recomendações sobre a descentralização, os taxistas estranham a falta de respostas e de contactos para a discussão destes temas.

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À TSF, o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, diz que “desde essa altura [do protesto de setembro]” nunca mais foram informados “por parte do grupo parlamentar do PS nem da Comissão”. Acrescentou que estavam à espera que a própria Comissão os convocasse para abordar o tema, mas que até hoje também não houve nenhuma iniciativa por parte dessa entidade.  “No que diz respeito à Federação Portuguesa do Táxi naturalmente que estamos disponíveis para fazer qualquer coisa, não vou neste momento dizer o quê, mas não vamos ficar quietos. Isso é ponto assente”, acrescentou.

A Federação Portuguesa do Táxi dirigiu já um oficio ao presidente do grupo parlamentar do PS, Carlos César, a pedir uma reunião para que possam esclarecer todas as questões sobre as propostas para a descentralização deste setor.

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