Prada e Gucci foram algumas das empresas que, recentemente, se viram obrigadas a retirar produtos do mercado, por estarem a ser fustigadas com críticas de racismo. Nada que tenha inibido a não menos elitista Bugatti de chamar “La Voiture Noire” ao seu hiperdesportivo mais caro de sempre. O coupé negro custa 11 milhões de euros, antes de impostos, sendo “uma criação feita à medida, comparável apenas à alta-costura dos estilistas mais exclusivos de Paris”, defende a Bugatti.
O astronómico valor, que faz deste Bugatti o carro novo mais caro da história, explica-se pelo facto de se tratar de um exemplar único, que já tem dono. Naturalmente, o construtor francês não revelou o nome do comprador, apenas especificou que se trata de um entusiasta “fascinado” pelo Type 57 SC Atlantic de Jean Bugatti.
Seguindo os passos das últimas criações especiais da Bugatti, como o Divo, La Voiture Noire eleva o conceito de exclusividade a um patamar nunca antes visto. Todos os componentes deste desportivo one-off foram feitos à mão, com a carroçaria em fibra de carbono a exibir um brilho preto apenas interrompido estrutura de fibra ultrafina. O designer da Bugatti, Etienne Salomé, não tem dúvidas quanto ao resultado final, do ponto de vista estético:
Para nós, este coupé tem a forma perfeita com o acabamento perfeito.”
Sob o capot encontra-se, como não poderia deixar de ser, o quadriturbo 8.0 W16, com 1.500 cv de potência e 1.600 Nm de binário. E, para relembrar que este 16 cilindros é uma obra de arte e de engenharia, o Bugatti La Voiture Noire exibe seis saídas de escape, para que não haja dúvidas que este não é um hiperdesportivo qualquer. E não é mesmo.