A França considera o reconhecimento da soberania de Israel sobre os montes Golã, evocado quinta-feira pelo Presidente dos EUA, “contrário ao direito internacional”, disse esta sexta-feira a diplomacia francesa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês lembrou que o Golã “é um território ocupado por Israel desde 1967”, pelo que a França não pode reconhecer a anexação israelita de 1981. Em comunicado, a diplomacia francesa afirmou que a anexação “foi reconhecida como nula e sem efeito por várias resoluções do Conselho de Segurança (da ONU), em particular a Resolução 497”.

“O reconhecimento da soberania israelita sobre o Golã, território ocupado, seria contrário ao Direito Internacional, especialmente a obrigação de os Estados não reconhecerem uma situação ilegal”, enunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros no comunicado hoje divulgado.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, pediu na quinta-feira o reconhecimento da soberania de Israel sobre os montes Golã, uma decisão que diverge da posição assumida pelos governos norte-americanos durante décadas.

“Depois de 52 anos, é hora de os Estados Unidos reconhecerem plenamente a soberania de Israel sobre os montes Golã, que é de importância estratégica para o Estado de Israel e para a estabilidade regional”, disse o Presidente dos EUA, no momento em que o seu secretário de Estado, Mike Pompeo, estava em visita a Jerusalém.

Israel conquistou uma grande parte do Golã, 1.200 quilómetros quadrados, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou esse território, em 1981, mas a comunidade internacional nunca reconheceu essa anexação.

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