Um alegado grupo de coletivos (motociclistas armados afetos ao regime) atacaram com explosivos, terça-feira, a viatura do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
Os coletivos intercetaram a viatura geralmente utilizada por Juan Guaidó e atacaram-na com golpes, paus, pedras e engenhos explosivos.
Segundo um vídeo divulgado na internet, o ataque ocasionou danos materiais na porta do lado do motorista e destruiu o espelho retrovisor.
Momento en el cual grupos violentos agreden vehículos de los diputados que salían del Palacio Legislativo. Video cortesía. #TVVNoticias #TVVenezuela pic.twitter.com/7Q0eYF5wJs
— TVV Noticias (@TVVnoticias) March 26, 2019
O ataque teve lugar depois de os coletivos cercarem o Palácio Federal Legislativo, gritando palavras de ordem e insultos contra os parlamentares e contra Juan Guaidó, que também é presidente da Assembleia Nacional (parlamento), onde a oposição detém a maioria.
#26Mar De esta manera quedó el vehículo en el cual se trasladaba @jguaido, luego de ser agredido por grupos violentos al salir del Palacio Legislativo, según reporta @hsiciliano #TVVNoticias #TVVenezuela pic.twitter.com/WV0qqEYetJ
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Juan Guaidó saía do parlamento onde presidiu a uma sessão durante a qual condenou a chegada à Venezuela de dois aviões russos e de quase uma centena de militares da Rússia, no último sábado, e acusou Caracas e Moscovo de violarem a Constituição venezuelana.
Segundo o parlamento as missões militares deveriam ser autorizadas por aquele organismo, o único controlado pela oposição no país caribenho.
Esses aviões não trouxeram geradores, nem técnicos para intervir (na barragem de) El Guri, nem geradores para substituir os danificados, trouxeram militares estrangeiros para solo venezuelano, esquecendo a crise que temos na Venezuela”, disse, em alusão ao apagão que desde segunda-feira afeta o país.
Guaidó frisou que o Governo venezuelano “não tem como solucionar” a crise elétrica “que criou” no país, e que inventa motivos, recomendando à população que compre velas e lanternas, perante uma falha técnica provocada pelo “mau funcionamento e a corrupção” no sistema elétrico venezuelano.
Entretanto, através de um comunicado a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiro de Rússia, Maria Zajarova, explicou que o envio de tropas militares russas para Caracas faz parte de um acordo de cooperação técnico-militar assinado entre a Venezuela e a Rússia em 2011, o que dispensa “aprovação adicional”.