O vereador da Mobilidade na Câmara de Lisboa, Miguel Gaspar, admite reduzir o limite de velocidade em toda a Segunda Circular, em especial no troço entre o nó da Buraca e o Fonte Nova.
Em entrevista à agência Lusa, o responsável pela pasta da Mobilidade na capital explicou que “o troço que fica entre o nó da Buraca e a zona do Fonte Nova” é onde há mais acidentes, pelo que a autarquia está a considerar baixar o limite de velocidade para 50 quilómetros/hora (km/h).
Miguel Gaspar (PS) avançou também que não exclui “a hipótese de avaliar uma redução maior em toda a Segunda Circular, como, aliás, foi feito no Eixo Norte/Sul” pela Infraestruturas de Portugal.
“Embora as pessoas possam achar que isto até as prejudica, não, porque não só é mais seguro, como a Segunda Circular a 60 km/h consegue fazer escoar mais carros do que a 80 km/h. Portanto, na verdade, melhora a fluidez […] e perde-se menos tempo nas horas de ponta”, exemplificou.
Relativamente à expansão da rede de radares na capital, o autarca adiantou que o objetivo é passar “dos 21 para pelo menos 40”, defendendo que são necessários para “reduzir a sinistralidade na cidade de Lisboa”.
O vereador da Mobilidade na Câmara de Lisboa referiu que “a Polícia Municipal adquiriu recentemente um radar móvel, que já está a começar a ser usado” e que será destinado às vias com mais acidentes, como a Avenida Infante Dom Henrique.
“Morreram mais de 140 pessoas em 10 anos na cidade de Lisboa, portanto dá uma média de 14-16 pessoas por ano. Podemos perguntar se o número é grande, se é pouco, se o que é que é. Mais do que zero é demasiado”, disse.
Miguel Gaspar apontou ainda que as ruas de quarto e quinto nível de importância da cidade de Lisboa deverão passar a ter um limite de 30 km/h, ou seja, “aquilo que é abaixo da Avenida de Roma em termos de importância”.
“Nenhum radar está escondido, todos os radares são muito visíveis, estão bem anunciados. Sinceramente, só é apanhado em excesso de velocidade quem vai distraído e vai a incumprir de facto”, acrescentou.
“É muito melhor termos radares do que mortes na estrada”, reforçou.