Os drones não servem apenas para tirar fotografias, filmar ou ser usados em guerras. Ou para causar o caos em aeroportos, desviando voos e dificultando a vida a milhares de pessoas que procuram deslocar-se. Ou ainda para deixar cair telemóveis dentro de prisões. No estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, os drones já estão a ser usados pela empresa de logística UPS para transportar amostras de sangue. Divulgada pela revista Wired, a solução é vista como uma alternativa às estradas entupidas que retardam a distribuição de amostras que, em último caso, podem salvar vidas.
A UPS aliou-se à empresa de drones Matternet e ao grupo de hospitais WakeMed e entregou amostras de sangue a um hospital da Carolina do Norte. O aparelho escolhido foi o modelo M2, capaz de transportar cargas superiores a dois quilos por 20 quilómetros, em cerca de três minutos, contrastando com os cerca de 30 minutos que demoraria case se optasse pela entrega convencional, com recurso a um automóvel. O aparelho voa de forma autónoma mas, caso seja necessário, existe a possibilidade de ser operado de forma remota por um piloto.
Esta iniciativa nasce depois da Administração Federal de Aviação (FAA) — organismo que regula a aviação nos Estados Unidos da América — ter começado a “relaxar” no que toca às restrições ao uso de drones e dois anos depois da primeira entrega de medicamentos urgentes com o recurso ao mesmo método. Os primeiros testes para os hospitais da WakeMed começaram em agosto do ano passado e a parceria com a transportadora UPS encaixa na vasta experiência da empresa na área do transporte de bens médicos.