O humorista Diogo Faro foi deportado do Irão por ser comediante, avançou o próprio esta tarde de terça-feira numa publicação na rede social Instagram.

Mesmo visivelmente incomodado, o comediante conseguiu anunciar com humor o que lhe aconteceu. Na publicação, começa por dizer que tudo o que viu no Irão foi “lindo”. Diz mesmo que amou “tudo”. Para depois dizer que se fartou rapidamente e que vinha embora. “Quer dizer, não foi bem assim”, antecipa, para depois anunciar que foi “deportado por ser comediante”. “O que pelos vistos é uma profissão tão perigosa para o regime como jornalista ou militar (estas vêm com aviso nos guias)”, relata.

Diogo Faro conta que depois de uma viagem de quase 24 horas em que mal dormiu, foi intercetado pelas autoridades e ficou 8 horas à espera sem descansar, sem passaporte e sem comer. Para depois receber a notícia de que não poderia ficar naquele país.

Estou super feliz. No fundo, foi como ser barrado no Lux só que a perder ligeiramente mais dinheiro. Claro que não estou nada irritado, na foto estou só a coçar o nariz porque as ditaduras me fazem comichão. Mas também, no fundo, ando para aí a ser marxista cultural, a defender a igualdade de género e os direitos LGBTI, estava à espera de quê? [sic] Pus-me mais a jeito que uma mulher de mini-saia”, ironiza na publicação na rede social.

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Do que vi do Irão (foto n2), amei tudo. É lindo, de facto. Só que fartei-me rápido, já vou andando. Quer dizer, não foi bem assim. Para ser mais correcto, fui deportado por ser comediante – o que pelos vistos é uma profissão tão perigosa para o regime como jornalista ou militar (estas vêm com aviso nos guias). Foi bonito. Depois de quase 24h de viagem em que mal dormi, fiquei mais 8 horas à espera sem descansar, sem comer e sem ter o meu passaporte comigo, para agora ser deportado. Estou super feliz. No fundo, foi como ser barrado no Lux só que a perder ligeiramente mais dinheiro. Claro que não estou nada irritado, na foto n1 estou só a coçar o nariz porque as ditaduras me fazem comichão. Mas também, no fundo, ando para aí a ser marxista cultural, a defender a igualdade de género e os direitos LGBTI, estava à espera de quê? Pus-me mais a jeito que uma mulher de mini-saia. Continuo com muita curiosidade sobre este país e este povo, mas agora vou ter de me acalmar uns anos antes de voltar a tentar. #sensivelmenteidiotanoirão #quase

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Diogo Faro trabalha para a empresa “Sensivelmente Idiota”, que faz atuações por todo o país. Colabora também com alguns jornais, como o Expresso e o Sapo24.

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