Como já vem sido hábito, a cada edição a Feira do Livro do Porto homenageia um escritor português, batizando uma tília com o seu nome em plena Avenida das Tílias, nos Jardins do Palácio de Cristal. Depois de Agustina Bessa-Luís, Vasco Graça Moura ou José Mário Branco, chega a vez do professor e filósofo Eduardo Lourenço ser distinguido na próxima edição do evento, que acontece entre os dias 6 e 22 de setembro.

Segundo um comunicado enviado esta segunda-feira pela Câmara Municipal do Porto, o ensaísta e vencedor do prémio Pessoa em 2011 é definido como “um dos nomes maiores do pensamento português, “lecionou em universidades portuguesas, brasileiras, alemãs e francesas, ao mesmo tempo que mantinha intensa atividade entre a crítica literária e a escrita ensaística, sendo autor de meia centena de obras”.

O escritor completa 96 anos a 23 de maio e apesar de ter nascido no distrito da Guarda, tem uma ligação ao Porto “desde muito cedo”, uma vez que passou na invicta os seus “primeiros anos de vida”.

“Por isso, segundo adiantou o escritor e filósofo em entrevista a Anabela Mota Ribeiro, as memórias mais antigas que tem de si e do mundo são precisamente da cidade do Porto, onde viveu tempos da infância que o marcaram para sempre de forma indelével: “As primeiras imagens que tenho da vida são do nevoeiro, das fábricas, do nevoeiro que atiravam as chaminés””, acrescenta a nota da autarquia.

A homenagem a Eduardo Lourenço vai ser desenhada pelo argumentista, dramaturgo e antigo administrador da RTP Nuno Artur Silva, que programará também as restantes iniciativas, como lições ou debates.

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