O BCP vai propor em assembleia-geral de acionistas a devolução de cerca de 12,6 milhões de euros aos trabalhadores, bem como o pagamento de dividendos de 0,2 cêntimos por ação, foi esta terça-feira anunciado.

De acordo com um comunicado do BCP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “com base nos resultados consolidados relativos ao exercício de 2018”, o banco vai propor à assembleia geral “a distribuição de resultados no montante de 12.587.009,00 euros pelos colaboradores, no âmbito do processo de compensação pela redução de salários acordada ao abrigo do acordo coletivo de trabalho, conforme redação publicada em 29 de março de 2014″.

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O banco liderado por Miguel Maya revelou ainda que propõe à assembleia geral “a distribuição de um dividendo de 0,2 cêntimos por ação”. O BCP não distribuía dividendos desde 2010.

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Na assembleia-geral de acionistas será ainda indicado Fernando Costa Lima como administrador não executivo e vogal da comissão de auditoria do banco, segundo o comunicado.

Em 9 de abril, os sindicatos dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) e dos Bancários do Centro (SBC) tinham anunciado que o BCP ia repor pelo menos 25% do valor dos salários cortados entre 2014 e 2017. “Debatendo a compensação do ajuste salarial, resultou que o banco reporá um mínimo de 25% do valor já em 2019, e em numerário”, pode ler-se no comunicado conjunto dos sindicatos.

Relativamente aos dividendos, Miguel Maya tinha dito, na apresentação de resultados de 2018, em 21 de fevereiro, que a proposta de distribuição de 30,1 milhões de euros em dividendos (10 por cento dos lucros) demonstra ao mercado a “normalização do banco”.

Na apresentação aos jornalistas das contas de 2018, em Lisboa, o gestor anunciou que a comissão executiva do BCP propôs ao Conselho de Administração a distribuição em dividendos de 10% dos lucros obtidos em 2018, o equivalente a cerca de 30 milhões de euros, uma vez que os lucros de 2018 cresceram 61,5% para 301,1 milhões de euros.