O ministro das Finanças, Mário Centeno, classificou as negociações em curso sobre o SIRESP como “urgentes”, tendo como objetivo que o Estado passe a “deter todas as participações na empresa”.

“São urgentes, e por isso estão a decorrer. São negociações, e por isso não se comentam à frente de microfones”, disse Mário Centeno em declarações aos jornalistas, à saída da conferência “Portugal: Daqui para onde?”, que decorre esta sexta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

O responsável pela pasta das Finanças acrescentou que as negociações têm “um objetivo, que é garantir a permanência da segurança que o SIRESP traz ao sistema nacional de proteção civil”.

Um outro objetivo do Governo nas negociações é também “garantir (…) que o Estado possa passar a deter todas as participações na empresa”, como já tinha sido adiantado pelo primeiro-ministro, António Costa.

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Na quarta-feira, o presidente da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, garantiu que a segurança na rede do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) não será posta em causa, apesar da negociação que ainda decorre com o Governo.

“No que depende da Altice Portugal com certeza que tudo faremos para garantir, também no âmbito da nossa prestação de serviços à SIRESP, todas as condições de segurança que são possíveis nesta rede, que aliás sempre esteve à altura das expectativas que estavam criadas”, afirmou.

O Governo “tem prosseguido negociações regulares com os acionistas privados” do SIRESP, sendo que, no dia 15 de maio, o ministro da Administração Interna manifestou confiança de que seja encontrada uma “solução nos próximos dias” para essas negociações.

A informação chegou depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter afirmado em plenário da Assembleia da República que o objeto da negociação que está em curso poderá passar pela aquisição da posição acionista por parte do Estado no SIRESP.

A SIRESP é detida em 52,1% pela PT Móveis (Altice Portugal), 33% pela Parvalorem (Estado) e 14,9% pela Motorola Solutions.