A eleição para a sucessão de Theresa May à frente do partido Conservador ficou agora reduzida a seis candidatos. O ministro da saúde, Matt Hancock, anunciou a sua desistência esta sexta-feira.
Apresentei-me como o candidato do futuro, mas é cada vez mais claro que o partido, de forma compreensível, pretende um candidato adequado às circunstâncias únicas que existem agora”, anunciou Hancock no Twitter.
Thank you for all your support. I have decided to withdraw from the race to be the next leader of the Conservative Party. I will now look for the best way to advance the values we fought for. pic.twitter.com/OGcAjf0S0f
— Matt Hancock (@MattHancock) June 14, 2019
Hancock, de 40 anos, era o mais jovem dos 10 candidatos iniciais e estava qualificado para continuar na eleição, apesar de ter angariado apenas 20 votos, mais três do que o mínimo necessário.
Na próxima volta, a realizar na terça-feira, qualificam-se apenas os candidatos com mais de 32 votos, correspondentes a 10% dos 313 deputados conservadores habilitados a votar.
Na primeira volta da eleição interna do partido Conservador para substituir Theresa May na liderança e, consequentemente, na frente do governo, Boris Johnson foi o vencedor destacado, com 114 votos. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, foi segundo, com 43 votos, e o ministro do Ambiente, Michael Gove, terceiro, com 37 votos.
Boris Johnson confirma favoritismo e ganha primeira volta da eleição no partido conservador
Na corrida continuam ainda o ex-ministro para o Brexit, Dominic Raab, o ministro do Interior, Sajid Javid, e o ministro para o Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart.
A antiga ministra dos assuntos parlamentares Andrea Leadsom, o deputado Mark Harper e a antiga ministra do Trabalho Esther McVey foram eliminados por não terem atingido o mínimo necessário.
Na próxima semana, realizam-se uma série de votações nas quais apenas votam os deputados conservadores com o objetivo de selecionar dois finalistas, que serão depois submetidos ao voto dos cerca de 160 mil militantes do partido.
Caso um dos finalistas não desista, como fez Andrea Leadsom em 2016, o vencedor deverá ser anunciado no final de julho, desencadeando nessa altura a demissão da primeira-ministra, Theresa May, que continua em funções até estar escolhido o sucessor.