Irão e Estados Unidos estão de costas voltadas e a crescente tensão entre ambos os países promete continuar a crescer. Esta segunda-feira o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se para falar sobre o tema à porta fechada, a pedido de Washington. E Donald Trump  já anunciou o que espera conseguir junto do órgão máximo das Nações Unidas: “A economia iraniana, que já está absolutamente partida, vai ser alvo de novas grandes sanções”, anunciou.

Do lado de Teerão, as palavras de Trump não parecem afrouxar as pretensões. O Irão respondeu na mesma moeda e quis dar uma prova de força, anunciando que irá tomar medidas adicionais para aumentar o seu programa nuclear. Só não o fará se a Europa ajudar a proteger o país da “pressão dos EUA” nas próximas duas semanas.

Nenhum dos estados está disposto a ceder e a sentar-se à mesa das negociações. Os Estados Unidos não abdicam das sanções e o Irão recusa aceitar qualquer tipo de conversas enquanto essa ameaça pairar sobre as eventuais conversações.

A tensão entre o Irão e os Estados Unidos aumentou exponencialmente na quinta-feira com o derrube de um drone norte-americano pelas forças iranianas, que levou Washington a preparar ataques aéreos retaliatórios, cancelados pelo próprio Presidente Donald Trump, a dez minutos de serem efetuados. Os aviões já estariam no ar e os navios a postos para o ataque, mas operação foi cancelada porque faria 150 mortos e “não era proporcional”.

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Trump cancelou ataque ao Irão 10 minutos antes por resposta não ser proporcional

No entanto, e para que este recuo não fosse mal interpretado, os norte-americanos avisaram Teerão que “a prudência e contenção dos Estados Unidos não devem ser confundidas com fraqueza”. Certo é que desde então, Washington foi dando uma no cravo e outra na ferradura. Tanto se mostrou disponível para negociar, com o presidente Trump a assumir que não quer entrar em guerra com o Irão, como atacou lançou ciberataques contra sistemas de disparo de mísseis e redes de espionagem iranianas.

A reunião desta segunda-feira do Conselho de Segurança da ONU pode acrescentar mais ingredientes a uma já complexa relação entre os Estados Unidos e o Irão.

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