A Junta de Freguesia de Campolide está a permitir temporariamente o estacionamento de carros em passeios, tendo a Emel sinalizado mesmo os lugares no chão. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) explicou ao Observador que a situação ficará resolvida nos próximos meses. André Couto, o Presidente da Junta, esclarece que foram os moradores a pedir esta medida.

Há marcação no chão para que metade dos veículos ocupe a estrada e a outra metade fique em cima do passeio. Como é possível ver nas fotografias, em algumas ruas os carros ficam bastante próximos das residências. Pilares no passeio impedem, no entanto, que os carros ocupem ainda mais espaço do passeio.

Fonte do Gabinete do Presidente da Câmara de Lisboa explica ao Observador que a “situação é temporária” e que ficará resolvida “nos próximos meses”. A Câmara está a criar um parque de estacionamento em Campolide, “exclusivo para residentes” e, enquanto não está pronto, o estacionamento nestes passeios é autorizado. “Foi a solução encontrada”, refere a CML. André Couto confirma e adianta que a medida partiu dos moradores, em reunião.

 A solução foi encontrada numa reunião entre a população da freguesia, a EMEL e a Câmara Municipal de Lisboa. (A medida) teve expressão unânime”, conta ao Observador o Presidente da Junta de Freguesia de Campolide.

Ambas as fontes relatam que a situação do estacionamento era mais grave anteriormente, porque “os passeios eram ocupados (pelos carros) na totalidade”. “Entre ter os passeios ocupados ou ter uma faixa regulamentada, a população preferiu assim. É melhor, não tenho dúvidas acerca disso”, afirma André Couto.

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O autarca conta que Campolide tem muita falta de estacionamento e que a população não queria ver os poucos lugares que existem serem proibidos. “Houve protestos. As pessoas não queriam que o estacionamento fosse eliminado. (Sem esta solução) a EMEL entrava e eliminava os estacionamentos num dos lados da rua”, refere André Couto.

A Junta está ainda a fazer obras para” requalificar” e em “alguns casos aumentar” os passeios da zona, num programa denominado “Campolide 100% Seguro”. Várias ruas foram já intervencionadas e estão previstas obras para outras zonas da freguesia.

Questionado sobre as dificuldades que estes estacionamentos podem causar a pessoas com mobilidade reduzida, já que pelas fotos parece impossível que uma cadeira de rodas, por exemplo, consiga passar, a mesma fonte do Gabinete de Fernando Medina, Presidente da CML, explica ao Observador que a EMEL tomou as devidas precauções: “As medições foram feitas para permitir a passagem de cadeiras de rodas”, explica. André Couto também afirma que “as medidas regulamentares estão a ser seguidas”.

Notícia atualizada às 11h00 com as declarações do Presidente da Junta de Freguesia de Campolide, André Couto