Serão necessários 20 a 25 milhões de euros para melhorar o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) e mesmo assim será necessário criar uma rede nova. Esta é um das conclusões do relatório do grupo de trabalho do Instituto de Telecomunicações que, a pedido do Governo, analisou o estado da rede e que foi esta quinta-feira divulgado pelo Público.

Um mês depois de o Estado ter comprado a empresa que gere este sistema, as conclusões do relatório mostram agora que a rede como está não é segura, sobretudo “em situações extraordinárias”, isto porque não permite grandes atualizações tecnológicas.

“A segurança do SIRESP não está em conformidade com os requisitos, adotados a nível internacional, exigíveis a sistemas de radiocomunicações de proteção pública e recuperação de desastre (PPDR), utilizados para o cumprimento de operações de proteção civil, de segurança interna ou de planeamento civil de emergência, em especial em situações extraordinárias”, cita o Público que teve acesso ao documento.

Por isso, o grupo de trabalho propõe ao Governo que comece a pensar numa alteração da estrutura da rede, baseada em estruturas públicas, que seja moderna e flexível de modo a poder adaptar-se às constantes evoluções tecnológicas. E ficando, assim, menos dependente de empresas privadas. Recorde-se que o Estado comprou a empresa SIRESP, SA, mas o funcionamento do sistema mantém-se dependente da Altice e da Motorola, que continuam como fornecedores.

Até se conseguir esta rede, deverá manter-se a atual. E assim que o novo sistema estiver pronto e operacional, constituído por um traçado aéreo e de cobre, a antiga deverá ser abandonada. No entanto, a atual rede exige um conjunto de melhorias que implicam um investimento de “entre 20 e 25 milhões de euros”.

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