O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou esta terça-feira que os trabalhadores e dirigentes da Administração Pública devem aprender com o passado e perspetivar o futuro, criando condições para entregar mais valor aos cidadãos e às empresas.

“Trabalhadores e dirigentes devem aprender com o passado, mas também saber perspetivar o futuro, criando condições para entregar mais e melhor valor aos cidadãos e às empresas, com eficiência e capacidade de resposta”, afirmou Mário Centeno na abertura do ciclo de Conversas sobre a Memória e o Futuro da Administração Pública, em Lisboa.

Mário Centeno recordou que “há precisamente um ano, por ocasião do Encontro “Inovação na Gestão da Administração Pública” em que foi anunciado o SIIGeP”, Sistema de Incentivos à Inovação na Gestão Pública, sublinhou que “inovar não é uma moda, mas uma questão de sobrevivência de todas as organizações”.

Esta terça-feira, o ministro das Finanças explicou que esta necessidade se traduz na capacidade de adaptação a um mundo em permanente mudança, que será, disse, “cada vez mais digital”, capaz de lidar com o envelhecimento da população e com “alterações climáticas que alteram modos de vida de forma muito profunda”.

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Mário Centeno salientou que se trata de desafios que “exigem uma transformação das políticas públicas, que têm de ser cada vez mais transversais, mas também das organizações”, na medida em que exigem uma “capacidade de resposta que não está ao alcance dos modos mais tradicionais de funcionamento, demasiado verticalizados e compartimentados”.

O ministro das Finanças destacou que estes desafios exigem “novos modelos de gestão, mais participados, mais abertos e com responsabilidade partilhada pela utilização de recursos escassos”.

Na sua intervenção, Mário Centeno afirmou ainda que o capital de conhecimento e experiência de toda uma geração de trabalhadores poderia ficar “irremediavelmente perdido” se não houvesse a aposta no rejuvenescimento e na revitalização dos mapas de pessoal. E o ministro das Finanças adiantou que “esse trabalho está em curso, ao ritmo a que as capacidades do país permitem”.

Mas Mário Centeno frisou que “não basta recrutar mais pessoas”, sendo “necessário que as gerações coexistam, que se aprenda com o passado para melhor definir o rumo do futuro”.