“Não irei como cabeça de lista, mas vou como deputado para o meu último mandato. Vou dar lugar às caras novas”, disse Fernando Negrão. O atual líder da bancada dos sociais-democratas comentava a “renovação de caras” no partido nas listas para as eleições legislativas de 6 de outubro, quando confidenciou que seria o seu último mandato no hemiciclo.

Durante o programa de debate político, “Vichyssoise”, na Rádio Observador o deputado deixou em aberto se cumprirá o mandado até ao fim, com um “vamos ver”. Fernando Negrão assinalou como um dos piores momentos da legislatura a polémica das presenças fantasma dos deputados da bancada parlamentar do PSD e, ainda, todo o escrutínio de que foi alvo no início do seu mandato como líder da bancada.

Fernando Negrão saiu ainda em defesa do líder do PSD, Rui Rio, na polémica da demissão de Manuel Castro Almeida — que se afastou em desacordo com o líder do partido —,  ao afirmar que “não concorda com Castro Almeida” e que “nunca se apercebeu de nada que justificasse a atitude” que um dos vice-presidentes do partido teve.

“Nunca é bom haver uma saída, mas Rui Rio tem seis vice-presidentes e saiu um vice-presidente. Eu sei de outros presidentes de partidos que aconteceu terem saídos muitos mais, diria que não é uma questão para valorizar e que não fragiliza [o partido]“, disse Fernando Negrão.

O líder da bancada dos sociais-democratas trouxe ainda o tema da reforma da segurança social, como um dos problemas estruturais no país, para dar corpo à necessidade de, por vezes, se fazerem alianças “com o PS” ainda que, afirmou, caso o PSD precise de se aliar a alguém no pós-eleições essa coligação “seja sempre com o CDS” — tal como defende Rui Rio.

Sobre a experiência enquanto líder da bancada parlamentar do PSD, Fernando Negrão diz que “foi muito bom, especialmente porque foi difícil”, o que lhe deu “entusiasmo, força e perspetiva”.

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