Candidatos com mais de 23 anos; que têm um diploma de especialização técnica; técnicos superiores profissionais; ou que já são licenciados; os licenciados que são candidatos a Medicina; e os estudantes internacionais. São estes os concursos que permitiram a entrada a 28% do total de alunos que ingressaram no ensino superior em 2018. Os dados são do Relatório sobre o acesso ao ensino superior elaborado por um grupo de trabalho nomeado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e são citados pelo jornal Público este sábado.
Numa semana em que se debateu a hipótese de quotizar o acesso ao ensino superior é possível olhar para o relatório e perceber que, afinal, as quotas que já existem atualmente representam quase um terço do total de estudantes que ingressaram em 2018.
As vagas, ao abrigo dos seis concursos especiais, têm um teto máximo aprovado. O Público nota ainda que há regimes especiais para cidadãos ligados às missões diplomáticas e para os funcionários públicos portugueses que estão em missão no estrangeiro. Também os oficiais das Forças Armadas, os bolseiros dos países africanos de expressão portuguesa (PALOP) e os timorenses, as missões diplomáticas acreditadas em Portugal e os praticantes desportivos de alto rendimento têm condições de acesso ao ensino superior preferenciais, representando estes regimes menos de 2% dos alunos que ingressaram em 2018.
João Guerreiro, presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, explicou ao jornal Público que cada um destes regimes — que podem ser considerados quotas no ensino superior— tem as suas condições de acesso específicas.