A Google aceitou pagar 13 milhões de dólares (cerca de 11,65 milhões de euros) para resolver um processo judicial que tinha nos EUA sobre a forma como guardava e recolhida dados para o Street View. Como avança a CNN, esperava-se que a empresa norte-americana tivesse de pagar milhares de milhões de dólares para conseguir fechar o caso iniciado em 2010 por, alegadamente, ter violado regras federais de escutas telefónicas. Este acordo tem de ser, ainda, aceite pelo juiz

O Street View, a ferramenta que permite, no Google Maps, ver as ruas de cidades de todo o mundo em 360 graus, está na base da acusação. Juntaram-se 22 pessoas contra a Google, quando a empresa assumiu que os carros que fotografam as ruas também recolhiam emails, passwords e outros dados de rede Wi-Fi em mais de 30 países.

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Inicialmente, a Google disse que a recolha destes dados “foi um erro”, mas os documentos entregues em tribunal revelaram que a Google estava intencionalmente a recolher a informação. Este caso, que deu origem a este processo, foi também encerrado por acordo, em 2013.

A Google, segundo o acordo, tem de apagar todos os dados que recolheu em 2010 através dos carros do Street View. Contudo, para isso, é preciso um juiz aceitar fechar o caso por este valor.

Segundo a CNN, é “estranho” este acordo referir novamente que a Google tem de apagar todos os dados tendo em conta que o acordo de 2013, noutro caso, já ter exigido o mesmo. “Está a aceitar fazer o que era assumido que já tivesse feito”, disso ao jornal Marc Rotenberg, presidente da organização Electronic Privacy Information Center.

Os advogados dos queixosos dizem que o acordo de 13 milhões de euros é justo porque continuar esta batalha jurídica podia, no fim, não lhes dar nenhuma retribuição monetária. Segundo o acordo alcançado, a Google continua a negar que recolheu indevidamente mais informação do que deveria ao captar as imagens para o Street View.