Depois das notícias da semana passada, Donald Trump confirmou que está mesmo a pensar comprar a Gronelândia à Dinamarca por razões estratégicas, naquilo a que o próprio apelida de “um grande negócio de imobiliário”.
No domingo, Trump começou por dizer aos jornalistas em Nova Jérsia que os Estados Unidos são “um grande aliado da Dinamarca” e que “a protegem”. Sobre a compra da maior ilha do mundo, Trump confirmou: “(A ideia) foi divulgada de alguma forma. É algo sobre o qual falámos. A ideia surgiu e eu disse ‘claro, do ponto de vista estratégico é interessante’. Mas ainda vamos falar com eles. Posso dizer que não é a prioridade número um”.
O Presidente norte-americano disse ainda que comprar o território seria favorável para os Estados Unidos.“Basicamente, é um grande negócio de imobiliário. Estrategicamente, seria bom para os Estados Unidos. Vamos analisar”, declarou. E o chefe da Casa Branca não descarta uma visita à Dinamarca num futuro próximo: “Mas não por esta razão, de todo”, afirma, citado pelo The Guardian.
As declarações de Trump surgiram depois de o conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, ter confirmado no mesmo dia numa entrevista à Fox News que a compra da Gronelândia estava a ser considerada. “É uma história interessante que está em desenvolvimento. Estamos a analisar, não sabemos. Há vários anos, Harry Truman (Presidente na altura) quis comprar a Gronelândia. A Dinamarca é dona da Gronelândia, e a Dinamarca é uma aliada”, disse Kudlow.
Na sequência destas declarações, a primeira-ministra dinamarquesa afirmou que a Gronelândia não está à venda e que a ideia de vender aquele território aos Estados Unidos é “uma discussão absurda”.
A Gronelândia não está à venda. A Gronelândia não é da Dinamarca. A Gronelândia pertence à Gronelândia. Espero sinceramente que isto não seja a sério”, frisou Mette Frederiksen, citada pela Reuters.
Também Kim Kielsin, primeira-ministra da Gronelândia já tinha dito que aquela ilha não está à venda. Para Frederiksen, a posição da primeira-ministra do território é “o fim da discussão”.
A notícia começou a circular na quinta-feira, depois de o Wall Street Journal avançar que Donald Trump já teria referido o assunto em diversas ocasiões em reuniões e jantares. “O que é que acham disso? Ia resultar?”, terá pergunto o líder norte-americano.
Segundo o New York Times, o Presidente estará interessado na Gronelândia uma vez que é um território rico em recursos naturais, como carvão e urânio e iria aumentar a sua influência no Ártico.