Pelo menos duas pessoas morreram num campo de refugiados na ilha de Lesbos, na Grécia, devido a um incêndio que deflagrou no domingo. As vítimas mortais são uma mulher e uma criança, noticiam vários órgãos de comunicação social internacionais. O número total de mortos ou feridos ainda não foi, no entanto, confirmado pelas autoridades.

Os refugiados que habitam o campo de Moria dizem que as autoridades foram muito lentas a responder ao incêndio, o que deu origem a uma revolta e a confrontos. A polícia lançou gás-lacrimogéneo para controlar os habitantes do campo. Já o incêndio foi extinto com recurso a um meio aéreo, segundo o The Guardian.

[Incêndio em campo de refugiados sobrelotado causa dois mortos:]

De acordo com a polícia, os confrontos começaram na sequência de dois incêndios diferentes — um primeiro no interior do campo e outro no exterior, com uma diferença de 20 minutos.

O campo Moria alberga atualmente entre 12 e 13 mil pessoas, apesar de só ter capacidade para três mil. A ONU disponibilizou tendas para cerca de oito mil refugiados, que vivem em campos. Os restantes vivem em contentores.

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Crise de refugiados continua e campos não têm condições para mais

A Grécia acolhe atualmente cerca de 70 mil refugiados sírios e migrantes que fogem do seu país desde 2015, devido à violência e guerras na Síria, Iraque e Afeganistão. O fluxo de refugiados a entrar na Grécia tem aumentado de forma substancial nos últimos meses, o que causa uma grave sobrelotação nos campos.

O governo grego reconhece o problema e admite que os atuais campos não têm condições humanas para lidar com a crise migratória. O ministro de Estado grego anunciou no domingo que será discutida uma nova lei do asilo devido ao constante aumento do número de refugiados, noticia a France24.