Portugal tem a maior diferença salarial (116%) entre um professor do terceiro ciclo no início e no fim da carreira docente, segundo um relatório esta sexta-feira divulgado pela rede Eurydice, relativo a 2017-2018.

Esta diferença de 116% entre o salário de um professor no início e no fim da carreira põe Portugal no topo da tabela das disparidades salariais, com a Lituânia a apresentar a menor diferença entre salários (7%).

Após dez anos de carreira, a diferença de salários em relação a um professor que começou a dar aulas era, no ano letivo 2017-2018, de 22%, após 15 anos de 29% e no topo da carreira de 116%.

No relatório é sublinhado o facto de o acesso ao topo da carreira ter sido descongelado em 2018, o que levou a um aumento de 9% nos salários de topo.

A rede Eurydice salienta que o salário de um professor do segundo ciclo do secundário que inicia a sua carreira é baixo, em Portugal, e a progressão é lenta – 35 anos até chegar ao topo – sendo que a maior subida de salário é concedida após mais 15 anos de ensino.

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Portugal está ainda entre os 11 países da rede – ao lado da Bulgária, Grécia, França, Letónia, Polónia, Roménia, Eslovénia, Reino Unido, Montenegro e Turquia – onde o salário base dos professores do pré-escolar, o ensino básico e o secundário é igual e as qualificações para ingressar na carreira genericamente semelhantes.

O relatório foi divulgado no âmbito do Dia Mundial dos Professores, que se assinala em 5 de outubro.

A rede Eurydice integra 42 unidades baseadas nos 38 países que participam no programa Erasmus+ e tem como objetivo explicar como estão organizados e funcionam os sistemas educativos na Europa.