Edição após edição, os tradicionais salões dedicados ao automóvel têm vindo a perder relevância. Frankfurt foi o mais recente exemplo disso, com mais de duas dezenas de fabricantes a optarem por não marcar presença no mais importante certame antes do final do ano. O contrato firmado com a cidade alemã, em Março de 2011, definia a realização de mais quatro edições. Como se trata de uma feira bianual, que alterna com Paris, ficou assente que em 2013, 2015, 2017 e 2019 Frankfurt continuaria a ser o palco onde os fabricantes de automóveis poderiam exibir as suas principais novidades.

Eles não vão ao Salão de Frankfurt (para poupar)

Sucede que a fórmula está esgotada e o retorno tem vindo a decrescer, tal como o interesse das marcas em investir em formatos deste tipo, quando a Internet e a realização de eventos paralelos abrem possibilidades de comunicar que supõem um esforço financeiro (muito) inferior. Agora que é chegada a hora de renegociar o contrato, fala-se numa mudança da filosofia do salão e aventa-se até a possibilidade deste mudar de localização. Ou seja, o Salão de Frankfurt pode sair de… Frankfurt.

Até ao final do ano, os responsáveis pela grande feira germânica vão gizar um novo conceito, que se pretende mais atractivo para os fabricantes, para a comunicação social e para os visitantes. E, sobretudo, mais adaptado às novas tendências da mobilidade. De acordo com a imprensa local, as conversações mantidas com o governo da cidade, com vista a alterações já na próxima edição do certame (2021), estão a avançar e, para já, ambas as partes concordam que seria mais interessante deixar de concentrar o evento num só local. A dispersão por vários pontos da cidade é apontada como uma oportunidade para colocar em evidência novas soluções de mobilidade.

No início do próximo ano deverá ser comunicado em que moldes se desenha o futuro do Salão de Frankfurt, que se realiza desde 1951 naquela cidade alemã. Porém, não há garantias que assim será em 2021. Isto porque Colónia, onde se encontra a sede europeia da Ford, tem vindo a posicionar-se como uma alternativa para acolher o evento. Há pressão para que, ao fim de 70 anos, o conceito se reinvente, podendo inclusivamente mudar de local.

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