“Acontece que viajei metade do mundo, no sentido errado :) Agora preciso de encontrar uma maneira de atravessar o Atlântico em novembro… Se alguém me pudesse ajudar a encontrar transporte, ficaria muito agradecida”. Foi com estas palavras que Greta Thunberg, a ativista pelo ambiente que tem apenas 16 anos, pediu ajuda no Twitter para poder estar presente na cimeira do ambiente em Madrid, que vai acontecer de 2 a 13 de dezembro.
As #COP25 has officially been moved from Santiago to Madrid I’ll need some help.
It turns out I’ve traveled half around the world, the wrong way:)
Now I need to find a way to cross the Atlantic in November… If anyone could help me find transport I would be so grateful.
-> https://t.co/vFQQcLTh2U— Greta Thunberg (@GretaThunberg) November 1, 2019
O erro na navegação não foi de Greta e tudo se deve a uma alteração divulgada pela própria ONU que, em setembro, lhe deu palco para um discurso emotivo sobre a inação da sociedade quanto aos perigos do aquecimento global. Esta sexta-feira, Patricia Espinosa, secretária da ONU para o clima, anunciou que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP25, nas siglas em inglês) afinal vai ser em Madrid, em Espanha. O evento era para ser no Chile, mas os protestos no país levaram o presidente chileno, Sebastian Piñera, a desistir da organização.
Greta Thunberg chora na Cimeira do Clima: “Roubaram-me a infância”
Para estar presente na sede das Nações Unidas, Greta foi até Nova Iorque numa criticada viagem de barco. O objetivo foi evitar andar de avião por causa da poluição. Depois da presença na ONU, Greta começou um tour pelo continente americano e marcou presença em vários protestos pelo clima, numa viagem que a fez passar pelo Canadá e estar agora a meio caminho da América do Sul.
O plano da viagem era chegar ao Chile para estar presente no COP25 e não havia data de regresso à Europa. Agora, tem de voltar ao seu continente mais cedo.
Como conta a CNN, Greta não foi a única pessoa a ter os planos alterados devido à decisão de Piñera. 36 jovens ativistas estão neste momento no Atlântico num barco à vela e vão ter de voltar à Europa. Os jovens tinham partido de Amesterdão no início de outubro e deveriam chegar ao Chile quase no final de novembro.