A TAP decidiu pedir 300 milhões de euros a investidores para melhorar a gestão do passivo. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a companhia aérea explica que pretende a “antecipação do reembolso de determinados empréstimos no âmbito do passivo existente da TAP e extensão do respetivo prazo médio de maturidade”. O dinheiro serve ainda para pagar comissões e despesas inerentes à operação.

Fazendo a ressalva de que “não existe garantia de que a oferta será concluída ou, se concluída, quanto às condições da sua conclusão“, a TAP informa que a emissão de dívida destina-se apenas a investidores institucionais e que a taxa de juro será definida depois do período da oferta.

A agência Bloomberg, citada pelo Jornal de Negócios, noticia que a empresa vai tentar convencer os investidores ao longo desta semana, até dia 22, e conta com os bancos Morgan Stanley, Citi e JP Morgan para montar a operação.

Este anúncio ao regulador do mercado segue-se a um primeiro pedido de empréstimo junto de investidores, em junho. Inicialmente, a empresa pediu 50 milhões de euros, mas a elevada procura acabou por fechar a operação em 200 milhões de euros, com uma taxa de juro bruta de 4,4% ao ano — a maior emissão de dívida de uma empresa portuguesa desde 2012.

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TAP emite obrigações no montante de 50 milhões de euros com taxa de 4,375%

A TAP, que é detida em 50% pelo Estado, mas cuja gestão é liderada pelo consórcio Gateway, acumulava 691 milhões de euros de dívida líquida no final do primeiro semestre. Penalizada pela queda de receitas no mercado brasileiro e pelo aumento dos custos com pessoal, a companhia aérea apresentou um prejuízo de 120 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

TAP perdeu 120 milhões no primeiro semestre. Receitas caíram no Brasil com efeito Bolsonaro