O Estado emprestou dois milhões de euros à Cruz Vermelha para pagar salários. A notícia é avançada este sábado pelo jornal Público, ainda que Francisco George, em declarações à Rádio Observador, prefira falar em “avanço” e não “empréstimo”. O presidente do conselho de administração do Hospital Cruz Vermelha diz tratar-se de um montante que “foi estimado como suficiente para um compasso de espera em relação a um acerto de contas que tem lugar com o ministério das Finanças muito em breve”. O valor em questão será reembolsado durante o próximo ano.
Esse acerto de contas é a favor da sociedade de gestão da Cruz Vermelha. Estamos em crer que muito em breve esta questão ficará resolvida”, diz Francisco George em declarações à Rádio Observador.
O hospital, garante ainda Francisco George, “não está, nunca esteve e nem estará à venda”. “Estamos a falar de uma sociedade anónima designada como sociedade de gestão do hospital que tem por objetivo fazer funcionar o hospital e foi neste contexto, em termos de compasso de espera para dar tempo aos serviços que dependem do ministério das Finanças acertarem as contas a favor da sociedade de gestão do hospital, que teve lugar esse empréstimo, equivalente a um avanço”, referiu.
Os dois milhões de euros foram libertados pela Parpública SGPS, holding sob a tutela do Ministério das Finanças, de maneira a assegurar que o Hospital da Cruz Vermelha consiga responder a necessidades de tesouraria mais imediatas, incluindo o pagamento de salários. O hospital em questão resulta de uma parceria entre a Sociedade de Gestão Hospitalar da Cruz Vermelha e o Estado.