Já tinha sido anunciado pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA) que o Fiat 124 Spider e o seu “irmão” Abarth 124 Spider não iriam ter um substituto quando chegassem ao fim do seu ciclo de vida. Isto criou uma lágrima ao canto do olho de todos os que gostam de desportivos, especialmente aqueles que dão gozo conduzir, apesar de serem propostos por valores ao alcance de muitos.

Para complicar ainda mais a vida de quem gosta de emoções ao volante, a FCA vem agora admitir que afinal, para perdermos o Fiat e o Abarth 124, não vai ser preciso esperar pelo fim do ciclo de vida, uma vez que o grupo italo-americano decidiu retirar estes dois modelos do mercado europeu de imediato e no mercado americano a partir do final de 2020.

A revista italiana Al Volante já o tinha anunciado, informação que foi confirmada pelo concorrente Motori. Agora, foi agora o responsável pela comunicação da FCA North America, Bryan Zvibleman, que anunciou que os populares desportivos da Fiat e Abarth só continuariam a ser oferecidos aos clientes americanos, deixando os restantes mercados de fora. Segundo ele, a continuação do modelo no mercado norte-americano não está aí assegurada depois do final de 2020.

3 fotos

A perda para quem gosta de se divertir ao volante é grande, uma vez que o Fiat 124 Spider não só retomava de forma bastante feliz as linhas do Fiat Abarth 124 Spider que venceu ralis como o de Portugal – em 1974 com Raffaele Pinto e, no ano seguinte, com Markku Alen –, como o modelo com o seu motor 1.4 Turbo debitava potência e força suficientes para ser um prazer conduzir a um ritmo mais vivo.

O Fiat 124 (e a versão similar da Abarth) sempre apresentou um problema difícil de ultrapassar, pois na realidade trata-se de um MX-5, fabricado no Japão pela Mazda e depois exportado para Europa e EUA. E a vida dos Abarth é ainda mais complicada, pois são exportados do Japão para a Europa, onde na Itália são transformados de Fiat para Abarth, antes de serem enviados para os clientes. Tudo isto custa dinheiro. A esta crise é necessário juntar o facto de o motor 1.4 Turbo ter cada vez mais dificuldade em respeitar as normas mais restritivas, especialmente a Euro 6d.

Mais recentemente, o responsável pela comunicação da Fiat e da Abarth, Danilo Coglianese, admitiu que, “apesar de o Fiat 124 Spider continuar a ser um sucesso e ser o segundo mais vendido no segmento, vende hoje menos de 1/3 do que acontecia em 2013, o que leva a Fiat e a Abarth a concentrarem-se no seu core business”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR