O ministro do Mar defendeu esta quarta-feira que as resoluções da cimeira do clima da ONU devem dar “a relevância merecida” aos oceanos, que no Acordo de Paris para limitar as alterações climáticas se ficaram por uma “referência minimalista”.
Em declarações à agência Lusa em Madrid, onde participa na 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, Ricardo Serrão Santos afirmou que os oceanos devem ser vistos “não só como um sistema do planeta que contribui para a vida, como também uma valia que está ameaçada”.
“Não é só o plástico ou as pescas, há a acidificação, as correntes quentes, que são problemas que têm que ser corrigidos, não se trata só de proteger os oceanos”, fazendo dos mares “uma peça tão central como as florestas no contexto das políticas internacionais” na discussão das resoluções que saiam da COP25, que vão fazer-se “parágrafo a parágrafo, linha a linha”.
Ricardo Serrão Santos apontou a necessidade de educar quer cidadãos quer líderes políticos sobre a importância dos mares. Há políticos que estão “a demitir-se” de acompanhar o conhecimento científico que exorta a acelerar o combate às alterações climáticas em terra e no mar e, por outro lado, “sem autorização social, as políticas não têm sucesso”, justificou.