A PSP informou esta segunda-feira que devido à realização das festas de fim de ano na Praça do Comércio, em Lisboa, aquele local será considerado um recinto improvisado. Segundo o comunicado, serão criados perímetros de segurança e nove locais de acesso com revistas a quem entra. Em conferência de imprensa, a comissária Sofia Godinho explicou que “o perímetro será fechado recorrendo ao mobiliário urbano e gradeamento, com sistemas que vão acautelar a não entrada de viaturas no terreno”.
Neste dia o recinto abrirá ao público às 19h00 e a PSP aconselha a quem pretender deslocar-se para a Praça do Comércio, que o faça com a maior antecedência possível. Foram instalados nove pontos de acesso com revista que ficam localizados junto à Agência Europeia Marítima, Cais do Sodré, Praça Duque da Terceira, rua do Arsenal, rua do Ouro, rua Augusta, rua da Prata e rua dos Fanqueiros.O comunicado da PSP de Lisboa sublinha que no recinto não serão permitidos “garrafas e copos de vidro, bem como chapéus de chuva com hastes compridas, entre outros objetos constantes do anexo”. E que todos os pertences que transportar na mochila não devem ter um tamanho superior a uma folha A3.
Assim, nos dias 30 e 31 de dezembro, decorrente da necessidade de assegurar a segurança de pessoas e bens e facilitar a intervenção, em caso de necessidade, de meios de proteção e socorro, a zona baixa da cidade vai estar sujeita a diversos condicionamentos de trânsito.
A PSP alerta ainda para quem escolha este local para passar a meia-noite que evite levar carrinhos de bebé ou cadeiras para suprir a mobilidade reduzida, pois o “o seu uso no meio de milhares de pessoas condicionará a sua utilização e poderá colocar em risco os demais presentes na Praça”.
“Caso seja imperioso levarem, pela razão da idade dos bebés e/ou mobilidade do utilizador, a PSP aconselha a evitar a concentração na zona mais próxima ao Cais das Colunas”, acrescenta.
Em conferência de imprensa, a comissária Sofia Gordinho, do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, refere que o dispositivo montado “será semelhante ao do ano anterior”, sendo esperadas no recinto fechado entre 200 e 250 mil pessoas.
Escusando revelar o número de efetivos no terreno, a comissária avançou que o dispositivo é “considerado adequado em relação ao evento em si, semelhante ao do ano passado”, e terá várias valências, incluindo agentes de intervenção rápida, corpo de intervenção e unidades cinotécnicas.
De acordo com a responsável, a baixa da cidade de Lisboa irá contar também com o sistema de videovigilância, que “permite visualizar as massas dando ajuda, no momento, à deslocação de meios para o bom desenvolver do policiamento”. Não está previsto o uso de drones. Sofia Gordinho acrescentou que, sendo um dos pontos altos da festa o fogo de artifício, é recomendado que as pessoas “se espalhem pela Ribeira das Naus para assistir” e não se concentrem num só ponto.
“Quem vier só a esta parte da festa, ao fogo de artifício, que saia depois da Praça do Comercio pela Ribeira das Naus ou para o lado contrário, Cais do Sodré”, disse. Já quem entre no espaço para assistir à segunda parte da festa, com concertos, deve entrar pelo Rossio.
Em relação aos cortes no trânsito, o comissário Luís Gancho reiterou que a partir das 17h00 de terça-feira há impossibilidade de passagem ao trânsito em todas as vias conducentes à Praça do Comércio, sendo o viaduto de Santa Apolónia o primeiro ponto a ser cortado totalmente. “Trata-se de criar um perímetro de uma zona gigantesca pedonal. Como nos últimos anos, esperamos que o fluxo de pessoas a pé, através dos transportes, invada toda a zona destinada ao trânsito, sendo a principal preocupação isolar o local”, explicou.
Os cortes de trânsito acontecem na Avenida 24 de Julho com a D. Carlos I, Rua de São Paulo, Praça Duque da Terceira/Cais do Sodré, Rua do Arsenal, Avenida Infante D. Henrique, Rua da Alfandega, Rua Vitor Cordon, Restauradores Sul, Rossio, Praça da Figueira e Rua da Conceição.