O príncipe Harry falou pela primeira vez sobre a decisão de se afastarem da família real britânica. “Não havia mesmo outra opção“, garante o Duque de Sussex.

As declarações foram feitas, este domingo em Londres, num evento da Sentebale, uma instituição de caridade que apoia jovens e crianças do Lesoto e do Botswana com VIH. O filho mais novo do príncipe Carlos e da princesa Diana começou por dizer que queria que ouvissem “a verdade” através dele, “não enquanto príncipe, ou duque, mas enquanto Harry”. E explicou que, quando casaram, tanto ele como Meghan estavam “entusiasmados”, “esperançosos” e prontos para “servir”, pelo que foi com “grande tristeza” que tomaram esta decisão.

“A decisão de me afastar, bem como a minha mulher, não foi tomada de ânimo leve. Foram muitos meses de conversas depois de tantos anos de desafios. E eu sei que nem sempre acertei, mas quanto a isto, não havia mesmo outra opção“, afirmou Harry.

No passado dia 8 de janeiro, Harry e Meghan anunciaram que iriam deixar de ser “membros sénior” da família real britânica e que iriam trabalhar para serem independentes a nível financeiro, ainda que continuariam a apoiar a Rainha.

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Dias depois, o príncipe esteve reunido com Isabel II e, após o encontro, o Palácio de Buckingham emitiu um comunicado em que a Rainha disse respeitar a decisão dos Sussex de “criarem uma nova vida enquanto jovem família”.

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Este sábado, o palácio anunciou que será já a partir da próxima primavera que o casal deixará de ter títulos reais — continuarão a ser Duque e Duquesa de Sussex, mas já não serão tratados como “sua alteza real” — e irão perder os financiamentos públicos.

Harry e Meghan vão perder títulos reais e financiamento público

“O que quero deixar claro é que não vamos virar as costas e certamente não vos vamos virar as costas”, disse ainda o Duque de Sussex, este domingo, referindo que o Reino Unido é a sua “casa” e um lugar que “adora”. “Isso nunca irá mudar”.

Harry falou ainda da comunicação social, descrevendo os media como “uma força poderosa”, e acrescentou que tanto ele como a mulher — que está atualmente no Canadá com o filho de ambos — tinham esperança de “continuar a servir a Rainha, a Commonwealth e as associações militares, mas sem financiamento público”.

Infelizmente, isso não foi possível. Aceitei isto, com a consciência que não muda quem eu sou ou o quão empenhado estou. Mas espero que vos ajude a compreender o ponto a que as coisas chegaram. Eu afastaria a minha família de tudo o que alguma vez conheci, de forma a dar um passo em frente em direção ao que eu espero que seja uma vida mais pacífica“, disse ainda Harry, acrescentando “é uma grande honra servir” o seu país e a Rainha.

“Terei sempre o maior respeito pela minha avó, a minha comandante e estou-lhe incrivelmente grato, a ela e ao resto da minha família pelo apoio que demonstraram, tanto a mim como à Meghan nos últimos meses.”

O príncipe referiu ainda que continuará a dedicar-se às suas “instituições de caridade” e às “comunidades militares”. “Estamos a dar um salto de fé. Obrigada por me darem a coragem para dar este próximo passo.”

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