Joaquim Miranda Sarmento, o “Centeno de Rui Rio”, foi aprovado esta quinta-feira como o novo presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN), tal com o Observador tinha avançado na sexta-feira. Esta foi uma das três grandes decisões tomadas na primeira reunião da nova Comissão Política Nacional do PSD. A direção de Rui Rio aprovou ainda a “realização, a curto prazo, dentro de 2 a 3 meses, de um grande encontro nacional de autarcas do PSD“. O anúncio foi feito pelo vice-presidente David Justino, até aqui presidente do CEN, que revelou ainda que Tiago Moreira de Sá volta a dirigir as Relações Internacionais do partido, depois de se ter demitido por divergências com a direção.

Sobre o grande encontro de autarcas, Justino explica que será mais um “encontro político” do que propriamente de preparação de questões práticas ou administrativas. O objetivo de Rio é ouvir os eleitos, “sejam independentes ou militantes“, tendo em conta “o peso que as próximas eleições autárquicas terão na estratégia do PSD“. Justino explica que Rio não quer “adiar estas grandes decisões” e por isso vai, “desde já, começar a trabalhar”. A discussão será “o ponto de partida para toda a estratégia pensada para obter um bom resultado nas autárquicas”. Ainda não há local nem data para este grande encontro.

Relativamente à escolha de Joaquim Miranda Sarmento, David Justino disse que foi com “prazer” que anunciou o seu sucessor. O vice-presidente do PSD diz que nos anos que presidiu aquele órgãos (onde se debatem as propostas temáticas que o partido apresenta no Parlamento e em programas eleitorais), foi preciso “desbravar terreno” e que, se “muita coisa se conseguiu fazer”, também “muita ficou por fazer”. Miranda Sarmento é vogal da CPN e poderá participar na comissão permanente de forma informal sempre que se justificar.

Primeiro Conselho Nacional de Rio. É desta que se vai discutir a “estratégia” do PSD

O CEN terá também por objetivo “mobilizar militantes e simpatizantes” interessados em contribuir para uma “nova geração de políticas públicas, em áreas como a justiça, ambiente, educação, forças armadas”. Este órgão terá ainda de acomodar as propostas das moções temáticas aprovadas em congresso, que incluem, por exemplo, a criação de eleições primárias no partido.

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