Desde 2009, sete portugueses optaram por ir até à Suíça para morrer, com a ajuda da associação Dignitas, avançou esta quinta-feira o Jornal de Notícias. O procedimento tem uma taxa de 2350 euros, aplicada pela associação, e existem ainda uma série de pré-requisitos necessários, como ter uma doença terminal ou viver com dores insuportáveis.
O objetivo da Dignitas não é que pessoas de todo o mundo viajem para a Suíça, mas que outros países adaptem as suas leis para implementar opções de fim de vida”, garantiu a associação, rejeitando a ideia de “turismo da morte”.
Em 2019, a Dignitas ajudou 256 pessoas de várias nacionalidades a pôr termo à vida, sendo que sete eram portuguesas. O número representa apenas 3% das 9822 pessoas de todo o mundo inscritas no final do ano passado, uma vez que, muitas das vezes, o facto de saberem que têm uma “saída” ao dispor “até lhes dá mais vontade de viver”, escreve o mesmo jornal. Além disto, muitos dos inscritos querem sobretudo informação ou apoiar a causa.
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Fundada em 1998, a associação sem fins lucrativos já ajudou 3027 pessoas a pôr termo à vida. O ato é realizado pela própria pessoa, uma vez que na Suíça a eutanásia não pode ser praticada por um médico.
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