Após anunciar o acordo com os jogadores para uma redução de vencimentos nesta fase, a Juventus viu as suas ações subirem esta segunda-feira 8% na Bolsa de Milão, que voltou por sua vez a cair quase 2%. No atual contexto que o mundo vive, em que se somam dúvidas, em que se diminuem ambições a médio prazo e e em que se vão dividindo incertezas a vários níveis, qualquer qualquer ação provoca uma multiplicação de reações. No entanto, e em alguns casos, cortar na massa salarial pode não chegar. E os bianconeri poderão ter esse problema.
De acordo com o Il Messaggero, o campeão italiano vai estudando cenários para enfrentar questões que ainda ninguém consegue perceber nesta fase onde poderão parar e o caso de Cristiano Ronaldo é exemplo disso mesmo, havendo três hipóteses possíveis para o jogador português… incluindo a possível venda do avançado.
Segundo o jornal transalpino, a Juventus poderá estar disponível a abdicar da sua joia da coroa caso algum clube ofereça 70 milhões de euros pelo capitão da Seleção Nacional. Não por algum tipo de problema, não por algum tipo de frustração, mas porque a crise que o mundo atravessa e que terá na indústria de futebol um dos reflexos mais diretos irá comportar problemas de liquidez e tesouraria que só a médio prazo conseguirão ser resolvidos.
Paulo Dybala, colega de Ronaldo na Juventus, esta infetado com o novo coronavírus
Ainda assim, existem duas outras hipóteses que contariam com Cristiano Ronaldo no plantel de Maurizio Sarri: a primeira passava por manter o avançado mais dois anos, até junho de 2022, altura em que termina o contrato do número 7 com a Vecchia Signora (e aí a decisão de permanência ficaria mais do lado do jogador, sendo que uma possível continuidade teria de ser em condições bem diferentes); a segunda tentava resolver logo o “problema” do salário anual acima dos 30 milhões, com uma proposta de renovação por mais um ano, até 2023, baixando de forma substancial o vencimento do jogador por forma a amortizar um valor menor por mais tempo.
De referir que a Serie A é a prova europeia há mais tempo parada entre os principais calendários europeus, com a Juventus a ser uma das equipas transalpinas com casos positivos do novo coronavírus entre jogadores (Rugani, Matuidi e Dybala). Cristiano Ronaldo, que tinha viajado para a Madeira para visitar a mãe, que nessa altura estava hospitalizada, acabou por permanecer na ilha, onde tem feito a sua preparação física sem que exista uma data prevista ou sequer estimada de regresso não só a Itália mas também aos treinos da equipa. O português tem estado também envolvido numa série de ações sociais, nomeadamente equipar uma ala do Hospital de Santo António, no Porto, para cuidados intensivos, com o agente e amigo Jorge Mendes.
Cristiano Ronaldo e Jorge Mendes equipam ala no Hospital Santo António no Porto