Este ano, a McDonald’s volta a promover os hábitos de leitura em família: na compra de um Happy Meal, é de novo possível escolher um livro em vez de um brinquedo para continuar a acompanhar as aventuras do gémeos Pinheiro-Bravo, em mais uma coleção de autoria da escritora britânica Cressida Cowell. Este programa, denominado Happy Meal Readers, foi pensado para apoiar os pais a ensinarem os seus filhos a ler, a transmitirem-lhes o gosto pela leitura e, acima de tudo, a estimularem a sua imaginação. Mas esta nova coleção vai também ajudar a despertar a consciência ambiental dos leitores: os protagonistas vão passar pelos mais diversos cenários do planeta e estar em contacto com animais em vias de extinção e outros que, infelizmente, já desapareceram.

Pode não ser fácil explicar às crianças que os seus animais favoritos estão ameaçados ou até mesmo que já não existem. Mas é importante fazê-lo, até para lhes ensinar que as ações têm consequências, e que se não tratamos bem do planeta, pomos em risco a vida de muitas espécies. Estes livros dão uma ajuda preciosa e, para complementar, oferecemos algumas dicas que permitem sensibilizar os mais novos para a causa.

1. Leve-os ao Jardim Zoológico (sem sair de casa)

Mais do que meras montras de vida selvagem, os jardins zoológicos da atualidade são instituições que contribuem para a investigação, conservação e reprodução das espécies. O Jardim Zoológico de Lisboa, por exemplo, está integrado na rede do Programa Europeu de Reprodução de Espécies Ameaçadas e tem muita informação disponível sobre cada espécie — incluindo os problemas que enfrentam nos seus habitats naturais — dirigida aos mais novos. Neste período de quarentena, o Zoo de Lisboa está encerrado ao público mas tem proposto uma série de atividades e disponibilizado conteúdos no seu site, blog e canal de YouTube que permitem fazer uma verdadeira visita virtual no conforto e segurança do lar.

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Ilustração: Margarida Esteves

2. Convença-os a adotar uma espécie

Através do site da WWF (World Wide Fund for Nature), a maior organização global independente de conservação da natureza, é possível adotar uma espécie. Faz-se um donativo que contribui para a sua preservação e, em troca, recebe-se um kit de adoção que varia entre o simples certificado até um peluche de dimensões razoáveis, dependendo do valor doado. Se os mais novos já recebem mesada, pode ser uma forma interessante de lhes explicar como podem guardar parte desse dinheiro para ajudar certas causas. Em Portugal, a ANP (Associação Natureza Portugal) também aceita donativos neste sentido.

3. Explique-lhes porque é que as pequenas ações contam

Não será fácil, para uma criança, entender a relação entre o ato de deixar a luz do quarto acesa ou beber um sumo com palhinha e a perda de biodiversidade. Cabe aos pais explicar essa relação e fazer dos mais novos pequenos ativistas ambientais. Geralmente a mensagem é bem captada e acabam por ser eles, a posteriori, a alertar e insistir no sentido de mudar os (maus) comportamentos dos mais velhos.

Ilustração: Margarida Esteves

4. Assim que possível, pratiquem atividades ao ar livre

É bem mais fácil chamar a atenção das crianças para esta temática se elas tiverem o hábito de passar tempo em contacto com a fauna e a flora locais. Por isso, assim que vencermos a atual pandemia e for possível sair de casa em segurança, organize caminhadas ou passeios de bicicleta em família, ou até mesmo férias de campismo selvagem — em respeito pela natureza, sempre — para que as crianças entendam melhor que, também elas, tal como os animais, pertencem a um planeta e dependem dos seus recursos para sobreviver.

Ilustração: Margarida Esteves

5. Investiguem sobre o tema em família

Os miúdos são, por natureza, seres curiosos. Caberá aos pais arranjar formas de satisfazer essa curiosidade, incentivando à investigação sobre espécies e respetivas ameaças. Os livros exclusivos da coleção Happy Meal Readers podem ser um bom princípio: os protagonistas vão contactar com 12 espécies diferentes, algumas em perigo de extinção, como o urso-polar, outras já extintas, como é o caso do quaga. A mecânica da ação é a de sempre: na compra de um Happy Meal basta escolher um livro em vez de um brinquedo, para incentivar nos mais novos o gosto pela leitura e, este ano, pela proteção dos animais em vias de extinção.

Ilustração: Margarida Esteves