Portugal tem 19.022 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta sexta-feira, dia 17 de abril. Houve um aumento de apenas 181 casos, num acréscimo percentual de 1%, menos 3,1% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 629 para 657, mais 28, com especial incidência no Norte, o que fez também subir mais uma vez a taxa de mortalidade para 3,45% (3,34% na véspera). O número de casos recuperados é de 519, mais 26 do que na véspera.
Assim, Portugal teve esta sexta-feira o menor aumento percentual de sempre desde que começou a pandemia (1%), numa subida de valor bruto de 181 casos que não se registava há quase um mês (a última vez que se tinha visto uma subida acima de 200 novos casos tinha sido a 19 de março, 143). O valor tem também o condão de evidenciar a disparidade de valores entre o número total de novos casos assumidos pelo Boletim e a evolução de novos casos registados por concelho: para se ter noção da diferença de registos que existe, só os 20 concelhos em Portugal que têm mais de 200 casos confirmados registaram mais 305 casos, valor muito acima dos 181 no país.
Entre valores muito abaixo do que tem sido normal, nota para o decréscimo de casos internados e em Unidades de Cuidados Intensivos, para apenas mais dois casos importados (um de Espanha, outro de França) e para subidas abaixo dos 3% nos casos suspeitos e nos casos não confirmados. O único valor que sofreu uma alteração mais substancial concentra-se nos casos que aguardam resultados, mais 895 numa subida de 22,9%. Registo ainda para a subida nos novos casos acima dos 70 anos (mais de 30% entre os 181 nas últimas 24 horas).
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A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta sexta-feira, dia 17 de abril, pode ser feita através de vários pontos distintos, a saber:
Número total de casos, mortes e recuperados
Menor aumento percentual de novos casos desde o início da pandemia. Portugal tem 19.022 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta sexta-feira, dia 17 de abril. Houve um aumento de apenas 181 casos, num acréscimo percentual de 1%, menos 3,1% do que na véspera (o menor desde o início da pandemia). Já o número de mortes subiu de 629 para 657, mais 28, com especial incidência no Norte, o que fez também subir mais uma vez a taxa de mortalidade para 3,45% (3,34% na véspera). O número de casos recuperados é de 519, mais 26 do que na véspera.
Caracterização dos óbitos
22 das 28 mortes nas últimas 24 horas foram na região Norte. Mantém-se a incidência nas pessoas acima dos 70 anos (26 das 28 mortes neste Boletim), que representam 86,8% das 657 mortes por Covid-19 no país (433 acima dos 80 anos, 137 entre os 70 e os 79 anos). Assim, houve apenas duas vítimas no Boletim de hoje fora dessas duas faixas, ambas entre os 60 e os 69 anos. A nível de regiões, o Norte continua a ser a que conta com mais óbitos, tendo nas últimas 24 horas um total de 22 mortes num total de 377. Registaram-se ainda mais quatro vítimas em Lisboa e Vale do Tejo, num total de 119, e mais duas no Centro, num total de 148.
Caracterização do número de casos por região
Madeira e Açores sem novos casos. O Norte voltou a ser a região com o maior aumento de casos em termos brutos, quase o dobro das restantes regiões do país: 87, num acrescento de 0,8% para um total de 11.324. Registaram-se mais 65 casos em Lisboa e Vale do Tejo (subida de 1,5%, a segunda maior do dia neste parâmetro, num total de 4.302) e mais 22 no Centro (aumento de 0,8%, num total de 2.778). Neste Boletim a Madeira surge mais uma vez com apenas 53 casos, menos seis do que o número dos últimos cinco boletins da DGS até quarta-feira. Os restantes aumentos por regiões foram quase residuais: cinco no Sul, num total de 305 (ainda assim, o maior aumento percentual, de 1,7%); e dois no Alentejo, num total de 158. Os Açores mantêm os 102.
Número de países e casos importados
Apenas mais dois casos importados. Quase à semelhança do que se passou na terça-feira, onde não houve evolução a nível de casos importados e países, o Boletim de hoje apresenta um aumento de apenas mais dois casos em relação à véspera, elevando o número de casos importados para 731 de 48 países. As únicas subidas registaram-se nos dois países com mais casos importados: Espanha, que passa para um total de 171, e França, que passa para um total de 128. Reino Unido (18), Emirados Árabes Unidos (46) e Suíça (45) mantêm os valores da véspera.
Número de casos por grupo etário
31% dos novos casos acima dos 70 anos. Num dia em que a faixa de infetados entre os 50 e os 59 anos manteve a predominância em relação a todas as outras (3.306), embora com números muito semelhantes à faixa entre os 40 e os 49 anos (3.296), registou-se um total de 31% de novos casos acima dos 70 anos (cerca de 12,6% a mais do que na véspera), entre a faixa dos 70 aos 79 anos (mais 16, num total de 1.731) e acima dos 80 anos (mais 40, num total de 2.877). Ao contrário do que aconteceu na véspera, a faixa acima dos 80 anos foi a que registou mais novos casos (40), seguida da faixa entre os 40 e os 49 anos (29) e da faixa entre os 50 e os 59 anos (27).
Número de casos internados e nos cuidados intensivos
Ligeira descida no número de casos internados e em UCI. Depois de um Boletim esta quinta-feira que contrariou a tendência dos últimos dias, em que o número de casos internados ou nos Cuidados Intensivos voltou a ter uma subida (com aumentos entre os 8,5% e os 10%), houve mais uma vez uma estabilização desses valores com pequenos decréscimos em ambos os casos como já tinha acontecido a meio desta a semana: registam-se menos 18 casos internados nas últimas 24 horas (descida de 1,4%, num total de 1.284) e menos sete casos em Unidades de Cuidados Intensivos (descida de 3,1%, num total de 222).
Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados
Casos a aguardar resultados têm subida de 22,9%. Depois da subida bem visível em alguns parâmetros esta quarta-feira, os números confirmaram a estabilização por baixo na quinta-feira e houve um acréscimo entre 2,4% e 2,7% entre o número de casos suspeitos (mais 4.231, num total de 158.940) e o número de casos não confirmados (mais 3.137, num total de 135.113). Houve ainda uma variação negativa nestes parâmetros mais globais apresentados, com o número de contactos em vigilância com as autoridades de saúde a cair 2,3%, menos 609 para um total de 25.456. Já o número de casos a aguardar resultados subiu 22,9%, mais 895 num total de 4.805.
Caracterização dos casos por género
59% dos casos positivos registados entre mulheres. Continua a confirmar-se uma tendência de distribuição por género em Portugal: a percentagem de mulheres infetadas tem vindo a subir de forma ligeira e gradual, com mais 55 mulheres do que homens infetados apenas em relação a este novo Boletim num total de mais 3.458casos positivos em mulheres (num total de 11.240 casos, 59% dos 19.022 em Portugal).
Número de casos por concelho
Porto tem maior aumento, Lisboa continua com mais casos. O Porto tornou-se o concelho com mais casos positivos confirmados de Covid-19 esta segunda-feira mas deixou de ser esta quinta-feira, de acordo com o Boletim da DGS. Ainda assim, voltou hoje a ser o concelho com mais casos registados nas últimas 24 horas, 29 num total de 1.017, menos três casos do que Lisboa (1.020), que teve uma subida de 24. As outras subidas mais acentuadas registaram-se na Maia (mais 28, num total de 686), em Sintra (mais 26, num total de 463) e em Braga (23, num total de 798). De acrescentar que esta sexta-feira, depois dos concelhos de Guimarães (277), Loures (240), Aveiro (232) e Amadora (220), Santo Tirso (215) e Felgueiras (201) passaram a barreira dos 200 casos.
De registar ainda que estes valores mostram os registos a velocidades diferentes que existem no Boletim diário da DGS, entre números “globais” do país e números “locais”: só nos 20 concelhos com mais de 200 casos houve nas últimas 24 horas uma subida de mais 305 casos mas, em Portugal, o registo é de apenas 181 novos casos…
Caracterização dos casos confirmados por sintomas
Tosse continua a ser o principal sintoma. Os sintomas apresentados entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 85% desses casos, mais 3% do que na véspera, como é referido) mantêm-se quase inalterados em relação aos últimos dias, com uma preponderância maior de tosse (53%, menos 3%) e febre (38%, menos 3%), seguidas de dores musculares (27%, menos 2%) e cefaleia (25%). Fraqueza generalizada (21%, menos 3%) e dificuldades respiratórias (16%, menos 1%) são os sintomas com menor taxa de incidência.
