A Suécia, que tomou medidas mais suaves do que os restantes países europeus no combate ao novo coronavírus, anunciou esta sexta-feira que vai intensificar os testes de despistagem à Covid-19 nas próximas semanas.
Em conferência de imprensa, a ministra da Saúde sueca, Lena Hallengren, indicou que os novos testes, que se têm resumido aos pacientes hospitalizados e ao pessoal médico, vão visar também pessoas que ocupam postos considerados “essenciais” para a sociedade, como polícias e bombeiros — para que possam retomar o trabalho rapidamente após terem apresentado sintomas.
“Falamos de uma capacidade de testes e análises de 30.000, talvez mesmo 100.000, por semana”, sublinhou, adiantando que, até esta sexta-feira, as autoridades sanitárias suecas testaram cerca de 75.000 pessoas.
Até esta sexta-feira, a Suécia tem adotado medidas restritivas mais brandas do que os outros países europeus face à epidemia da Covid-19, apelando simplesmente aos cidadãos para que assumam as suas responsabilidades, seguindo as recomendações das autoridades sanitárias.
Entre as medidas mais restritivas figuram a proibição de reuniões com mais de 50 pessoas e de visitas a lares de idosos, mantendo, porém, abertas as escolas e restaurantes.
Na terça-feira, o Governo sueco decidiu prolongar por mais um mês a interdição de viagens consideradas não necessárias na União Europeia (UE), em conformidade com a decisão comunitária comum.
Segundo os dados mais recentes divulgados pelas autoridades sanitárias suecas, foram confirmados oficialmente no país 13.216 casos, de que resultaram cerca de 1.400 óbitos.
A nível global, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.