O anúncio do vencedor do International Booker Prize, inicialmente agendado para 19 de maio, foi adiado para o final do verão na sequência da pandemia do novo coronavírus, para “garantir que os leitores consegue ter acesso a cópias” dos livros finalistas, anunciou a organização esta segunda-feira.

shortlist do prémio foi revelada a 2 de abril, pelo presidente do júri, o escritor e crítico literário Ted Hodgkinson, a partir de casa. Na altura, Hodgkinson descreveu os seis finalistas como “soberbos”, que transcendem este momento, “emergindo-nos”, “mergulhando-nos no desconforto e exaltando encontros com seres num estado de transição”. “Quer seja descrevendo uma distopia imaginosamente desafiante ou fluxos incandescentes de linguagem, estes são feitos tremendos de tradução.”

Do Japão à Argentina, passando pela Alemanha e Países Baixos: foi revelada a “shortlist” do International Booker Prize 2020

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A shortlist deste ano é a seguinte:

  1. The Enlightenment of The Greengage Tree, de Shokoofeh Azar (Irão). Tradutor anónimo (Europa Editions);
  2. The Adventures of China Iron, de Gabriela Cabezón Cámara (Argentina). Traduzido por Iona Macintyre e Fiona Mackintosh (Charco Press);
  3. Tyll, de Daniel Kehlmann (Alemanha). Traduzido por Ross Benjamin (Quercus);
  4. Hurricane Season, de Fernanda Melchor (México). Traduzido por Sophie Hughes (Fitzcarraldo Editions);
  5. The Memory Police, de Yoko Ogawa (Japão). Traduzido por Stephen Snyder (Harvill Secker);
  6. The Discomfort of Evening, de Marieke Lucas Rijneveld (Países Baixos). Traduzido por Michele Hutchison (Faber & Faber).

Além do escritor e crítico literário Ted Hodgkinson (presidente), o júri do International Booker Prize de 2020 é composto pela diretora da Villa Gillet e editora Lucie Campos, pela tradutora Jennifer Croft (que recebeu este mesmo prémio pela tradução de Viagens, da polaca Olga Tokarczuk, em 2018), pelo jornalista e escritor Jeet Thayil e pela autora Valeria Luiselli.

No ano passado, o galardão foi atribuído a Jokha Alharti, pelo romance Corpos Celestiaispublicado em Portugal no início deste ano pela editora Relógio d’Água. Alharti foi a primeira escritora originária do Sultanato de Omã a vencer o prémio, a primeira a ser traduzida para inglês e a sua obra a primeira em língua árabe a ganhar o galardão.