A final da Taça de Portugal, que irá colocar frente a frente Benfica e FC Porto, os dois primeiros classificados do Campeonato, pode não realizar-se (pelo menos na época 2019/20), confirmou o Observador.

À partida, e tomando em consideração a possibilidade de voltar a haver futebol nas próximas semanas tendo como objetivo terminar a Primeira Liga a tempo de entregar no dia 3 de agosto à UEFA os representantes nacionais nas provas europeias de 2020/21, tudo apontava para que o clássico fechasse a temporada. Aliás, era isso que estava previsto no draft do Plano de Ação da “Retoma Progressiva à Competição”, documento partilhado com os clubes profissionais com uma série de explicações sobre como, quando e onde voltar aos trabalhos.

Assim, e faltando apenas as datas definitivas para que tudo isso acontecesse, aquilo que está previsto passa por ter um período de duas semanas com treinos preferencialmente isolados (respeitando as tais regras que existem e que foram deliberadas em consonância com demais autoridades, para garantir a total segurança dos jogadores) e mais duas semanas com treinos de grupo, arrancando depois as dez jornadas em falta do Campeonato entre a quinta e a 12.ª semanas do calendário (com duas rondas disputadas a meio da semana). De acordo com o mesmo documento, a 13.ª semana ficava assim reservada para a realização da Taça de Portugal.

No entanto, a Federação não garante que a final da prova rainha do calendário venha mesmo a realizar-se (ou pelo menos na data prevista). De acordo com as informações recolhidas pelo Observador, o órgão referiu, na altura em que anunciou a conclusão de todas as provas de futebol não profissional, futebol feminino, formação e futsal, que a final da Taça e os jogos para decidir as duas equipas que sobem à Segunda Liga só iriam ser disputados caso existissem condições para que tal acontecesse. E foi isso que foi manifestado ao próprio governo.

Numa carta enviada à Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, a Federação faz depender da decisão da DGS a existência de condições de segurança e de saúde pública para a realização de jogos de futebol, sendo que qualquer decisão tomará ainda em linha de conta a opinião dos dois finalistas da prova. Também na sexta-feira, a Federação tinha estado reunida com os ministros da Saúde e da Educação, bem como com os secretários de Estado da Saúde e da Juventude e Desporto.

De acrescentar que, já antes, a Federação tinha criado um grupo de trabalho coordenado pela Unidade de Saúde e Perfomance e constituído por uma equipa de especialistas de hospitais (São João do Porto e Curry Cabral de Lisboa) e universidades (Escola de Saúde Pública da Universidade Nova e Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto), além da CUF, para preparar um plano de regresso das competições, árbitros e seleções.

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